O Animador retorno da Capcom

Escrito por Silvio Diaz
BGS18

Na Brasil Game Show deste ano, os visitantes puderam experimentar os dois grandes lançamentos da Capcom para o ano que vem. O remake de Resident Evil 2 e Devil May Cry 5, jogos muito esperados pelos fãs e que pela demo, dão esperança para algo muito mais importante, a volta da antiga Capcom.

A geração passada inteira foi repleta de críticas com a empresa. As mudanças em Resident Evil e no reboot de Devil May Cry, as inúmeras versões de Street Fighter e até mesmo o lançamento do final de Asuras Wrath (publicado por ela) por DLC, desanimaram os fãs da Capcom para as suas produções. Entretanto, é possível dizer que aos poucos a publisher e desenvolvedora tem buscado melhorar e resolver seus problemas com os fãs.

É como se ela tivesse finalmente entendido o que os jogadores querem e como fazer. Olhando para seus lançamentos recentes, Resident Evil 7 e Monster Hunter World isso fica bem visível. São jogos sólidos, bem produzidos e voltados a exatamente o que os fãs de cada franquia pedem. Até mesmo Street Fighter 5, criticado pelos jogadores por problemas mecânicos, ainda carrega o aprendizado da empresa, pois diferente da geração passada, ele permite trocar pontos do jogo por personagens de DLC sem pagar.

Resident Evil 2 e Devil May Cry 5 na demo pareceram ter esse mesmo “ideal” dos últimos lançamentos, porém, pela constância de bons jogos voltados ao que o público pede e gosta, a ideia de uma Capcom revigorada parece ainda mais forte.

Todas as mecânicas de Devil May Cry 5 que eram possíveis ser usadas na demo da Brasil Game Show, parecem ótimas e frescas. Mesmo tendo tudo o que já esteve em Devil May Cry 4, ela parece renovada e melhorada, além de que a mecânica dos braços é muito bem pensada e cria um grande número de possibilidades e estratégias.

Já o remake de Resident Evil 2 parece tentar ao máximo voltar às raízes do game sem ignorar o que foi feito nos últimos anos. Uma verdadeira transformação da campanha do 2 com as mecânicas usadas em Resident Evil 6. Dessa forma, o bom gameplay, construído nele aprimora e torna mais imersivo o terror e a já consagrada campanha de Resident Evil 2. Basicamente o melhor de dois mundos.

Resident Evil 2 e Devil May Cry 5 são extremamente animadores. Ter jogado a demo dos dois jogos só me deixou ainda mais ansioso para seus respectivos lançamentos. Entretanto, a qualidade que as demos deixam claro, conseguem ir além dos jogos, elas permitem que os jogadores possam se animar novamente com a própria desenvolvedora. Não é o primeiro sinal de uma reestruturação e retomada de confiança da Capcom, isso já era possível ser visto com Monster Hunter World e Resident Evil 7, mas agora, essa volta da empresa ficou mais clara, quase física, e é impossível não se empolgar com isso.