Esta crítica foi escrita usando uma key enviada para o Game Lodge
Panorama Cotton é um jogo do gênero Shoot’n Up originalmente lançado em 1994 para Mega Drive. Sendo a primeira vez que o jogo da as caras no ocidente de forma oficial, sendo só este ano, o quarto jogo da franquia a chegar no ocidente.
A franquia costuma ser um Shmup vertical, já Panorama Cotton tenta usar os visuais e a tecnologia do Mega Drive para fazer um jogo pseudo 3D Rail Shooter, similar a jogos como Space Harrier.
É bem possível que você nunca tenha ouvido falar da franquia de jogos Cotton. Eu não o culparia, pois Cotton além de ser um jogo de nicho do gênero shmup dos anos 90, ele nunca deu as caras oficialmente pelo ocidente até 2021.
A década de 80 e 90 foi lotada de jogos do gênero shoot’n up (shmup para os intimos), conhecido popularmente em alguns lugares no Brasil como “jogo de navinha”. Dentro daquele mar de jogos uma franquia que conseguiu um relativo espaço no mercado japonês foi Cotton, um shmup side scroller em que você controla uma bruxinha. A primeira vista o jogo não tem nada muito diferente de um Gradius da vida, mas o seu apelo estava na aposta do carisma dos personagens.
Não que Cotton seja uma série com historia complexa ou engajante, mas todo jogo parece ser esforçar para o jogador gostar da protagonista e de sua fada companheira. As introduções de fases e cenas do final são mais duradouras do que a média do gênero e em todo jogo são bem animadas e exalam carisma.
Panorama Cotton não é diferente, a intro do jogo é bem animada e cheia de vida, tem diálogos antes de enfrentar o ultimo chefe e aparentemente o final é cheio de piadinhas e divertido. Ou é o que aparenta, porque eu não faço ideia do que é a historia de Panorama Cotton
Então, Panorama Cotton veio pro ocidente de forma oficial e… bom, não foi localizado. Os menus para opções e acessar modos de jogo estão traduzidos, mas o game em si não. Então minha experiência com o plot do jogo foi ver nossa bruxinha protagonista fazendo caras e bocas, animações engraçadinhas contextualizadas por um texto em japonês no qual tenho nada de entendimento. Claro, isso não estraga completamente a experiência do jogo, pois o mais importante de um Shmup é sua gameplay competente, bons controles e uma movimentação legal. No entanto, dos jogos da franquia, Panorama Cotton é o mais fraquinho desses.
Graças a câmera pseudo 3D e toda a brincadeira de ser um jogo visto num formato panorâmico, a noção de espaço desse jogo vai pro inferno.
É bem comum você apanhar por coisas que você não viu e demora pra de fato se ter uma boa noção com o direcionamento e posicionamento das coisas. O jogo ainda é um tanto divertido, mas eu só não sai completamente frustrado dele porque esse port vem com funções de save state e rewind.
E é isso, honestamente não sei muito o que falar de Panorama Cotton individualmente. Só que é meio estranho ele ter vindo de forma separada e não dentro de uma coletânea como o Saturn Tribute que trouxe dois jogos. Se fosse para vir um jogo único, pelo menos poderia ter tido o esforço como em Cotton Reboot, que é um remake do primeiro jogo com o original embutido, sequer ter uma localização de texto me fez olhar para este port de forma azeda, e isso me deixou um tanto triste.
Enfim, se quiserem conhecer a franquia Cotton, optem pela coletânea Saturn Tribute ou o Cotton Reboot, ou se forem pegar esse, peguem sabendo o pouco que oferece e num preço muito em conta.
Panorama Cotton
ININ Games
Sucess
Playstation 4, Playstation 5, Nintendo Switch