Esta crítica foi escrita usando uma key enviada para o Game Lodge
Remakes são continuamente críticados, nem sempre melhoram o original, algumas vezes perdem o significado ou até mesmo o que fazia daquela versão, algo tão especial. Crítica que o remake de Dead Space entende e trabalha de diversas maneiras não para transformar o que o original foi, mas trazer ainda mais do que ele tentava ser e te faz pensar no que ainda podemos ter.
O remake de Dead Space é a prova de que alguns jogos podem e merecem ser refeitos. Tudo nessa versão é melhor que o original, ele não muda drásticamente ou transforma a franquia em algo que ela não é. Na real, vindo após os seus ultimos lançamentos, o remake retorna tudo do original com respeito e entendimento do que o fazia ser tão bom.
Óbviamente, nem tudo precisa ser refeito, alguns jogos são perfeitos em sua forma original e ta tudo bem. Dead Space não era um desses. Melhorias mecânicas, puzzles ajustados, e um relevo maior na experiencia que o original passava, deixam claro que o remake era necessário. Aqui, o jogo não apenas se torna mais bonito, mas tambem um jogo melhor e com seu horror ainda mais aguçado.
Com ambientes mais escuros, monstros muito mais tenebrosos e um design de som espetacular, o remake deixou o jogo muito mais assombroso. Quando fomos decidir quem iria escrever a crítica do remake de Dead Space, eu aceitei jogar com uma ideia na cabeça: “Joguei o original e nem da medo”. Em pouco tempo eu percebi como isso mudou.
É um trabalho primoroso para criar tensão. Os sons de monstro acontecendo envolta do cenário, o silencio, que quando cortado até pelo mais simples barulho, te faz segurar o controle com um pouco mais de força. O jogo inteiro é feito pra não deixar o jogador esquecer em que ambiente ele se encontra.
Isso é tão evidente, que até mesmo o áudio de inicio de uma chamada de vídeo, que lembra a um grito, se torna um micro susto. Ao mesmo tempo, o jogo sabe usar bem de entregar exatamente o esperado. Salas que você precisa escurecer para progredir, inimigos que podem surgir de diferentes lugares. Tudo isso é um baita jeito de deixar o jogador o tempo todo tenso.
Além do terror, o remake de Dead Space continua todas as qualidades de sua versão original ao msemo tempo que melhora outras. Seu esquema de interface, extremamente elogiado até hoje, surpreende ainda mais.
Enquanto antes, apenas tinhamos uma maneira inteligente de perceber a vida e estase do protagonista, agora tambem conseguimos entender o dano ao inimigo. Continuando a ideia de que para matar os montros, é preciso cortar seus membros, o jogo tem um sistema muito bem feito de desmembramento que funciona no corpo inteiro de todas as criaturas.
Ou seja, quanto mais dano em uma área, menos carne o inimigo tem. Aos poucos podemos ver seus ossos a mostra e essa cena nojenta e as vezes assustadora, facilita para saber o local de atirar e o quanto falta para o monstro morrer.
Essa nova ideia, junto de tudo o que Dead Space já era, o tornou um jogo ainda mais excelente.
Estamos falando de um terror espacial, com inspirações claras em Resident Evil. Um single player competente, com mêcanicas que vão alem de só atirar e tomar susto, um pequeno pacote de jogo com poucas horas de duração que sabe criar um bom momento em toda oportunidade. Seus monstros são criativos e obrigam o jogador a usar diferentes armas e atirar de maneiras diferentes para vencer seus inimigos.
Com certeza evoluimos muito como industria, nunca tivemos tantos jogos diferentes como hoje e isso só garante que temos mais pensamentos, ideias e mecânicas acontecendo e estando disponíveis. Ainda assim, o remake me fez perceber como ainda precisamos de mais disso, mais jogos de terror que não são sobre Jump Scare ou sobre fugir de algum inimigo, mais do que só o terror espacial, o remake de Dead Space resgata o mesmo pensamento criado pelo original: “Precisamos de mais jogos assim”.
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