Crítica: Fairy Fencer F: Refrain Chord – Uma aventura musical

Fairy Fencer F: Refrain Chord é o novo RPG da série Fairy Fencer F desenvolvido pela Compile Heart em parceria com a Sting Entertainment e com distribuição da Idea Factory International. Este jogo também introduz a nova marca da Compile Heart, Galapagos RPG Evolve, uma evolução da marca anterior que começou com o primeiro Fairy Fencer F em 2013. Diferente de seu antecessor, Refrain Chord é um RPG de estratégia daqueles em que a altura e posicionamento são importantes.

Review escrita por EmpHighwind

Apesar de não ser uma continuação direta, logo no começo o jogo já pressupõe que o jogador conheça os personagens, podendo gerar uma boa confusão para novos jogadores nas primeiras horas, algo que vai diminuindo conforme a progressão da história.

A trama começa com o grupo de Fang procurando por Furies, armas nas quais tem fadas atreladas que, se coletadas suficientemente, podem ressuscitar a Deusa e ter seu desejo realizado, até que encontram uma mulher que tem poderes de controlar pessoas através de sua música chamada Glace. O grupo acaba sendo salvo por uma outra cantora com poderes similares chamada Fleur e então a história se desenrola.

A história funciona para o que se propõe, há também episódios opcionais na pousada podendo liberar mapas opcionais ou simplesmente ver mais dos personagens, mesmo que alguns destes episódios sejam com aquele humor envolvendo calcinhas que não é para qualquer um.

O jogo gira em torno das duas cantoras, são poucos os mapas no jogo inteiro, incluindo opcionais, em que não é obrigatório levar a Fleur, assim como são poucos os que a Glace não é uma adversária, pois, afinal, a mecânica principal do jogo, Fairy Arias, está atrelada a elas.

A mecânica ocorre quando as duas cantam por alguns turnos que dão bônus especiais aos seus respectivos times, podendo a cada turno aumentar o alcance ou a intensidade do efeito. Na interseção entre as duas canções cria-se uma ressonância onde o efeito é aumentado e passa a ser aplicado para ambos os lados.

Além das Fairy Arias, outra mecânica tão importante quanto são as das Furies, cada personagem possui uma fada do qual você pode obter habilidades usando FP (Fairy Points) e para cada Fury que o grupo coleta tem uma sub-fada atrelada na qual é possível equipar, dando uma flexibilidade em como customizar os personagens.

Fora dos mapas de combate é possível usar as Furies coletadas para desbastar e adquirir materiais usado para o sistema de crafting, achar mapas opcionais e até mesmo outras Furies, você ganha 2 pontos a cada mapa de combate que você faz, a área que você pode desbastar depende do seu rank na taverna que é aumentado através de diversas ações no jogo.

O jogo na dificuldade normal não precisa de grinding fazendo os mapas que aparecem e escolhendo boas habilidades, podendo terminar um dos finais com apenas 40 horas, layouts e até mesmo alguns chefes são repetidos com frequência, o que pode causar um desgaste no jogador.

A trilha sonora foi composta majoritariamente pelo ZIZZ STUDIO (Song of Saya e Mind Zero) e serve seu propósito, mas o maior destaque são as 12 músicas com vocais usadas para as Fairy Arias, cada uma com cantora de J-POP diferente e caso não queira mais escutar elas em toda batalha tem a opção para desativar que elas sobre escrevam os temas dos mapas.

Os gráficos do jogo apresenta o problema na UI em que as cores do alcance de movimento se diluem com as da ressonância das Fairy Arias, em termos de performance não houve problemas no PS4.

Enfim, Fairy Fencer F: Refrain Chord é um RPG de estratégia decente que apesar de sua mecânica de Fairy Aria ser interessante não se destaca ao lado de seus contemporâneos, porém pode agradar os que já são fãs da série.

O jogo lança dia 25 de Abril para Playstation 4, Playstation 5 e Switch, enquanto para PC lança dia 23 de Maio.