Crítica: Monster Menu: The Scavenger’s Cookbook – Para aqueles com estômago forte

Por Colaborador

Esta crítica foi escrita usando uma key enviada para o Game Lodge

Monster Menu: The Scavenger’s Cookbook é um RPG de sobrevivência desenvolvido pela Nippon Ichi Software e publicado aqui por sua subsidiária, NIS America.

Review escrita por EmpHighwind

Ao explorar uma masmorra, conhecida por ser ideal para novatos, o personagem principal, criado pelo jogador a partir de modelos pré-definidos, acaba se perdendo e se desesperando por comida. Ao encontrar os restos de uma criatura misteriosa no local, ele decide comê-los e acaba sendo amaldiçoado. O personagem então acorda numa masmorra bem diferente da que ele estava antes, e com a ajuda de outros três personagens, também feitos pelo jogador, tem o objetivo de escapar dela.

A história não vai muito mais longe do que isto, o jogo até tem uns papéis coletáveis pela dungeon que ajudam no world building, mas a narrativa em si não ocupa um volume grande no jogo.

Esta masmorra é separada em duas e ambas possuem 50 andares gerados proceduralmente que tem seus biomas alterados a cada 10 andares. Terminando o jogo, temos uma outra masmorra, agora de 100 andares, do qual os biomas são embaralhados, mas os chefes ainda são os mesmos. A cada andar você pode descansar, salvar, fazer itens, além do aspecto mais importante do jogo, que é cozinhar.

Cozinhar em Monster Menu é nojento. Logo quando o jogador inicia o jogo, é perguntado se quer censura ou não, se referindo as imagens grotescas dos alimentos, geralmente envolvendo ou tripas ou insetos, no qual apesar de tudo, ainda teria que lidar com as descrições, nomes e até mesmo os ingredientes em si. Conforme você coleta materiais é possível fazer utensílios como frigideira e panela expandindo as opções do que você pode cozinhar.

Enquanto o jogo tem suas receitas prontas, ele também incentiva o jogador a experimentar manualmente. Alguns itens podem ser preparados de antemão podendo virar outro item ou ganhar outro efeito, como por exemplo a água suja que pode ser esquentada para virar água pura, os itens também podem expirar, perdendo a sua qualidade e eventualmente estragando. Cada alimento dá efeitos bônus importantes em atributos que afetam a expedição inteira, mas em especial, todo alimento é importante para o gerenciamento de quatro atributos: HP, caloria, hidratação e felicidade.

O gerenciamento destes quatro valores é crucial para ter uma expedição bem sucedida, uma vez que praticamente tudo consome calorias e te desidrata, além de que se o HP do protagonista chegar em 0, a expedição acaba, e você volta pra base no nível 1 não importa a dificuldade. Falando em dificuldade, todos seus itens que exceto equipamentos e itens importantes como receitas e utensílios de cozinha, quanto maior a dificuldade mais chances dos equipamentos encontrados virem com habilidades, porém isso diminui seu ganho de experiência e aumenta o consumo de caloria e desidratação.

A exploração dos andares é bem simples, você procura por materiais e encontra monstros, é possível usar armadilhas para conseguir mais materiais, ao encostar em um monstro, ocorre uma transição para o combate por turno e movimentação por grade, no qual você pode dar um ataque básico, usar itens, habilidade e devorar cadáveres, sim, você pode devorar cadáveres durante o combate. Ao devorar os corpos mortos tanto de monstros quanto de aliados você pode se curar ou no caso de aliados, aproveitar a experiência ganha por eles.

Um detalhe estranho é que todos estes sistemas se mostram desafiadores e punitivos similares aos de roguelikes, porém ao mesmo tempo, o jogo te permite abusar de saves, comparado com até jogos mais casuais do estilo, o normal geralmente é ter um save único que salva automaticamente, aqui no entanto você tem três slots de saves além do save automático, isto combinando com o fato de expedições geralmente serem demoradas, incentivando o jogador a abusar deste recurso ao invés de aceitar a derrota daquela expedição.

Visualmente este jogo lembra o outro jogo da NIS, Disgaea 6, até por ter os mesmos modelos de inimigos. A trilha sonora composta por Kazuya Takasu funciona bem e gosto como alguns tipos de andares gerados tem músicas próprias para mostrar segurança ou perigo em relação aos outros.

Enfim, Monster Menu: The Scavenger’s Cookbook é um jogo único comparado com jogos similares, por sua ênfase em culinária na qual eu não recomendaria para quem não tem estômago forte, o jogo tem uma demo disponível para aqueles que tiverem interesse.

O jogo estará disponível dia 23 de Maio para as plataformas Playstation 4, Playstation 5 e Nintendo Switch.

Nome do jogo:

Monster Menu: The Scavenger's Cookbook

Publisher:

NIS America

Desenvolvedora:

Nippon Ichi Software

Plataformas Disponíveis:

Playstation 4, Playstation 5, Nintendo Switch