ONI : Road to be the Mightiest Oni – Ânimo e Desânimo

Todo mundo tem aquele jogo que fica mega animado e curioso sem saber explicar bem o motivo. Algumas criações tem uma energia, uma aura, um visual, uma “coisa” que despertam algum trequinho na mente que deixa a gente pensar “Parece Foda” de maneira inexplicável. Algo que quando acerta, é ótimo, mas quando falha se torna extremamente desgostoso. Infelizmente, esse foi o caso com ONI : Road to be the Mightiest Oni.

ONI é um jogo indie japonês, com um visual interessante e uma temática ultra puxada pelo folclore do país, o jogador controla um Oni em um pequeno mundo e passa por pequenos desafios de combate. Não existe muito o que falar, nem de narrativa ou conteúdo, que até existem, mas são tão ignoráveis que estarem ali parece mais um erro.

O que parecia bom nele, além da arte, era ser esse pequeno mundo com combate de ação e (na minha cabeça) exploração. E tudo bem, faz parte imaginarmos que algo à mais estará no que queremos jogar, está tudo bem mesmo, o problema é quando o que está lá, não só não é suficiente, como não é bom. 

O combate, o tempo todo, parece estar a alguns segundos de clicar e funcionar muito bem, mas esse momento não aconteceu. Existe até uma mecânica secundária, uma grande criatura que te persegue e é necessário fugir, que seria um extra de desafio fora dos combates e que obrigariam o jogador a usar mais do mundo, já que, as batalhas se fecham em pequenas áreas de parede invisível, mas esse desafio também não acontece pelo tão fácil que ele se torna. Em minutos, o que era pra ser algo que cria tensão, se torna apenas chato. 

Chato é o adjetivo perfeito para ONI : Road to be the Mightiest Oni, nada nele funciona, e da pior maneira possível, com o sentimento de que falta muito pouco pra funcionar. O Game Lodge recebeu o jogo antes mesmo de seu lançamento, em março desse ano. O tempo todo eu pensava em voltar pra dar mais uma chance e nas poucas vezes que tive ânimo e força pra tentar algo tão sem graça, sai ainda mais desanimado. 

Claro que você, leitor, pode olhar e pensar que isso é tudo uma visão de quem saiu decepcionado por algo que criou um hype exagerado, mas é mais que isso. Eu estava animado, mas não de maneira exagerada, era quase uma fé no jogo. O problema em ONI é um desencaixe de tudo o que foi feito.

E sinceramente, está tudo bem. Decepção faz parte, desanimo faz parte. Nem todo jogo vai ser bom e muito menos nem todo jogo vai ser do nosso gosto. Nesses meses todos, vários outros jogos me deram o sentimento que tive com Oni antes de seu lançamento, a “esperança” e o aguardar de uma mídia que demora tanto para ser desenvolvida, faz parte da brincadeira, a decepção ou não, da mesma forma que em qualquer mídia, também.