A SEGA foi uma das maiores surpresas da Brasil Game Show 2023, não apenas pela sua confirmação faltando pouco tempo para o evento acontecer, mas por estar com diversos títulos ainda não lançados disponíveis na feira.
De fato, as novidades do estande foram tantas que foi aonde a equipe do Game Lodge dedicou mais tempo no dia de imprensa na feira. Por termos chegado cedo e num momento com pouca fila, jogamos Persona 3 Reload por bastante tempo e tivemos muito o que falar dele individualmente, e lançamos mais cedo um texto dedicado a ele.
Confira o que cada membro tem a dizer sobre as demos jogadas no estande
Jean Kei
É a prequel de Like a Dragon Infinite Wealth com gameplay similar a dos jogos anteriores, quando era uma franquia de ação. Aqui, Kazuma Kiryu é um agente secreto e a gameplay reflete nisso, fazendo um estilo de batalha baseado nisso.
A demo permite jogarmos uma série de minigames e lutar numa arena, e a gameplay está muito bem polida como os jogos mais recentes da franquia.
Confesso que não estava com tanto interesse no título antes de jogar a demo, mas jogando, me bateu aquela saudade de um Yakuza mais voltado para ação, estou bem otimista com esse jogo.
Guilherme Santos
Não sei se tenho propriedade pra falar muito sobre Yakuza/Like a Dragon até por que só joguei Yakuza 0, porém eu amo demais aquele jogo, e pegando Like a Dragon Gaiden pra jogar eu já me senti familiarizado com os comandos, é fácil de entender e bem dinâmico e fluido.
as novas mecânicas são uma maluquice mas extremamente divertidas, e os minigames estão bons demais, principalmente o minigame das hostess, pra mim é o atrativo mais legal e divertido dos jogos da série, e o fato da RGG ter chamado a Kson para gravar algumas das cenas é bom demais.
Megazao
Enquanto a série Yakuza/Like a Dragon busca se distanciar do combate de ação em jogos mais recentes cai sobre spin-offs como Gaiden carregar esse manto e poder brincar um pouco com as “regras” estabelecidas previamente.
Na demo presente no evento, além de vários minigames consagrados da série para se experimentar, haviam algumas instâncias de combate em que se podia testar a versão mais nova do – mais polido do que nunca – combate de ação, que dessa vez conta com vários gadgets estilo espionagem para Kiryu usar contra os inimigos. É algo curioso e que muda bastante a dinâmica das coisas, mas que adiciona uma variedade bem descompromissada característica de spin-offs da franquia e que deve destacar esse jogo perante os outros.
E como já mencionado, o minigame de hostess agora é em FMV, utilizando gravações de atrizes reais para as interações que você tem. É completamente a epítome do entretenimento.
A demo desse jogo é imbecilmente maravilhosa. Adoro que o jogo é por turnos e Kiryu tem um golpe especial que lhe faz sair batendo em todo mundo como se o jogo fosse um Beat’em up. O mini game Crazy Delivery, paródia de Crazy Taxi é muito mais divertido do que esperava, com aquele humor brincando com o absurdo que me obriga a ficar batendo palma.
De novo, não tenho propriedade para falar sobre, mas esse jogo parece incrível e enorme, tem TANTA coisa pra fazer e ver nessa demo que eu nem imagino como vai ser no jogo final. Foi meu primeiro contato com o combate em turnos da franquia, e eu achei que não fosse curtir muito, mas olha eu adorei tem mecânicas bem únicas e divertidas, bem no estilo da série, achei sensacional os minigames também.
Apesar de ser fã da franquia e ter jogado praticamente todos os jogos, eu nunca joguei Yakuza Like A Dragon, então Infinite Wealth também foi meu primeiro contato real com o combate de turnos dessa leva mais recente dos jogos. A demo fazia um bom papel de apresentar alguns dos minigames e substories que poderemos encontrar no jogo, além de deixar explorar o novo cenário do Havaí que é simplesmente maravilhoso. O combate em turnos está incrivelmente dinâmico, e o humor já característico da série está bem presente nos ataques especiais e em momentos icônicos como a já citada habilidade o Kiryu de “quebrar” o combate de turnos por alguns segundos para poder descer a porrada em todo mundo. Se havia qualquer receio da direção que a série tomaria em um mundo pós Kiryu, não tenho mais dúvidas que ela está no caminho certo.
É um bom Sonic 2D com algumas pegada da sensação que tenho jogando alguns dos jogos 3D pelo percurso
Gostei da fases que joguei, que eram dos níveis das boa fases de Sonic, que fluem bem mas não são lineares.
A única coisa que realmente achei sem graça foi o modo Battle, no qual me pareceu bem…genérico, me lembrou muito aqueles multiplayers de jogos do começo dos anos 2000 que foram feitos de última hora, pelo menos essa é a impressão jogando sozinho.
O pouco que joguei me lembrou um X-COM e Mario Rabbids, com um tipo de estratégia muito baseado em cobertura e golpes a distância. Uma coisa que me chamou atenção foi o quanto a demo reforçou que bom posicionamento é importante no jogo, te dando bônus e habilidades especiais dependendo de como seu time está posicionado. Tem potencial de ser um ótimo jogo em situações mais complexas do que na demo.
Persona 5 Tactica foi uma surpresa bem agradável, minha única familiaridade com jogos de estratégia é Fire Emblem, e eu estava esperando algo mais ou menos na mesma pegada, porém é completamente diferente e o jogo tem uma identidade bem carismática. Eu joguei 3 fases do jogo, apenas controlando 3 personagens, e eu achei ele bem dinâmico e bem livre e criativo em questões de movimentação e combate, por exemplo o Morgana que pode usar habilidades do elemento de vento por empurrar os inimigos para longe e as combinações entre os personagens é bem legal de se fazer. O jogo é bem desafiador, cheguei no boss de uma das fases e a situação ficou bem complicada com alguns movimentos errados que eu fiz, então tem sim muita ênfase no elemento de estratégia aqui. Eu também cheguei a liberar o Hideout onde tinham diversas opções, muitas não estavam liberadas, mas a fusão de personas estava com uma animação bem legal e caricata, o estilo de arte mais cartunesco do game é bem divertido.
O que eu vi da história parece ser algo bem simples, com os Phantom Thieves sendo controlados por uma força maligna e Joker e os novos personagens tendo que libertar eles, não dá pra falar muito sobre ainda, mas é um jogo bem honesto.
Como um jogador notoriamente exigente para jogos de estratégia, eu tinha medo de Persona 5 Tactica ser um spin-off mais raso da franquia. Porém fui positivamente surpreendido com um jogo que remete muito mais a XCOM do que outros títulos com movimentação mais restrita, e que faz bom uso dessa liberdade. Em um pedaço tão curto de um jogo que depende de tanta profundidade para manter o interesse do jogador é difícil de avaliar com muita propriedade, mas se o resto do jogo fizer bom uso desse diferencial do posicionamento e as habilidades elementais das Personas para adicionar complexidade às fases, Tactica pode ser um grande título.