Crítica: Assassin’s Creed Nexus VR – Tudo o que é para se esperar

Assassin’s Creed Nexus é um desses jogos de VR que muita gente acaba mal sabendo da existência. Estamos falando de um produto disponível apenas para Quest, sem uma loja oficial no Brasil e o Playstation VR2. Entretanto, ainda é um jogo que merecia muita atenção, principalmente dos fãs de Assassin’s Creed mais antigos.

Virar o pulso importa

Em Nexus, jogamos por diversas missões com diferentes assassinos conhecidos da franquia, Ezio, Kassandra e Connor. Cada um no seu próprio tempo, cenário e com armas levemente diferentes. O que todos têm em comum é a tão famosa hidden blade, uma adição que claramente passou por muito cuidado no desenvolvimento.

Para utilizar a hidden blade, não basta apenas apertar um botão, tal qual nos jogos da franquia, é preciso mover o pulso apertando o gatilho. Basicamente fazer o mesmo movimento que os personagens, que vemos a tanto tempo nas telas, fazem. 

É um ponto pequeno, mas extremamente agradável. Ainda que as lutas possam ficar meio bagunçadas, matar um soldado com uma hidden blade é extremamente gratificante, ainda mais em stealth, com a possibilidade de, não apenas agarrar por trás e matar, como pular do alto e assassinar o alvo da exata mesma forma que nos jogos.

Parkour com acessibilidade

O Parkour funciona muito bem em Assassin’s Creed Nexus. Com diversas opções de acessibilidade, tanto em movimentação quanto para evitar náusea, o parkour do jogo é um misto de elementos que já vimos em diversos jogos na plataforma. Em movimentos rápidos, basta controlar os movimentos com o analógico segurando um botão(tal qual nos jogos originais) e subindo caixas e dando pequenos saltos, entretanto, tudo que é necessário utilizar as mãos, exige a movimentação do jogador.

Escalar e até balançar por barras exigem movimentação e funcionam muito bem. É inevitável não apreciar as possibilidades de escalar cidades conhecidas que vemos na franquia e até mesmo nadar e subir em barcos para matar inimigos da exata mesma forma que nos jogos originais.

Ainda é Assassin’s Creed

Tudo de Assassin’s Creed foi adaptado para o VR, obviamente com suas limitações, o Quest não aguentaria aqueles gráficos, muito menos um mundo gigante com tantas ações e possibilidades.

Entretanto, mecanicamente, Assassin’s Creed Nexus é tudo o que um fã esperaria de um jogo VR da franquia. A escalada funciona bem, o combate segue muito os moldes antigos e se encaixa perfeitamente em VR, com parry, golpes que precisamos desviar e até algumas habilidades especiais.

É tanto Assassin’s Creed, que até mesmo a história é carregada do que a franquia já foi e até mesmo traz personagens clássicos que dialogam com o jogador. Um combo excelente de elementos que mostram mais do que apenas boas ideias, mas desejo de criar um bom jogo VR.

Assassin’s Creed Nexus não é brilhante nem inesquecível, mas é um jogo que carrega muito do que a Ubisoft foi um dia. Carregado de experimentações, Nexus consegue ir além de um teste de águas com as possibilidades do VR, é um ótimo jogo, repleto de cuidados raramente vistos no gênero e que além de tudo, consegue ser uma ótima adição no que já foi Assassin’s Creed.