Crítica: Final Fantasy XVI: Echoes of the Fallen

Anunciada de surpresa no The Game Awards, Echoes of the Fallen é a primeira DLC de Final Fantasy XVI. Trazendo uma nova história, a DLC adiciona um pouco mais de informações sobre os Decaídos, os antepassados dos humanos que habitaram os Continentes Gêmeos muitos anos atrás. Confira o que achamos da DLC a seguir.

Essa review contém spoilers do jogo base de Final Fantasy XVI.

Primeiramente, vale ressaltar que essa análise será focada no conteúdo da DLC, não discutindo mecânicas do jogo ou conteúdo do jogo base. Você pode conferir o nosso review do Final Fantasy XVI base clicando aqui.

Ecos de uma civilização esquecida

A missão da DLC é liberada um pouco antes do final do jogo. Para desbloqueá-la, é exigido que você faça algumas sidequests relacionadas com os personagens Joshua e Jill. Muito provavelmente a maioria das pessoas já fez essas sidequests, mas de qualquer forma é interessante exigir essas especificamente porque elas adicionam mais camadas na relação entre os dois personagens e Clive.

Após realizar essas missões, um novo marcador aparece no Esconderijo. A mercadora Charon tem uma missão para Clive, onde ela explica que misteriosos cristais negros começaram a aparecer no mercado negro em algumas localidades.

Após investigar, descobrimos que uma antiga torre construída pelos Decaídos, chamada Pináculo dos Sábios, se tornou ativa. Em resumo, os Decaídos são ancestrais dos humanos que tinham conhecimento bastante avançado e construíram verdadeiras maravilhas. Eles desafiaram os “deuses” e por conta disso acabaram destruídos, deixando para trás ruínas e artefatos.

Com a suspeita de que a torre abriga um novo Cristal-Máter, Clive e seus aliados decidem investigar e destruir essa nova ameaça.

Essa DLC poderia ser uma sidequest… e é

Jogando Echoes of the Fallen, a impressão que fica é que ela é uma sidequest que acabou sendo cortada do jogo final. Até mesmo a próxima DLC The Rising Tide deixa essa impressão, apesar de ela aparentemente ser bem maior.

Não que ela seja ruim, mas sua duração deixa a desejar. O conteúdo que ela apresenta é interessante, porque acrescenta mais conhecimento sobre os Decaídos. Essa civilização é um dos grandes mistérios do jogo e explorar uma construção deles 100% funcional me pareceu uma ótima ideia a princípio.

Por eu gostar de consumir lore dos jogos, fiquei um pouco desapontado não pelo fato de ter poucas explicações sobre os Decaídos, mas pelo final que chega a ser anti-climático. A sidequest poderia ter pelo menos deixado um grande mistério no ar, mas ela acaba não fazendo isso.

Mas nem tudo são pontos negativos. O jogo conta com algumas lutas com chefes que são bastante divertidas e que exigem mais dos jogadores. Alguns combates foram bastante inspirados em raids de Final Fantasy XIV, exigindo posicionamento dos personagens para evitar danos massivos.

Para quem estiver jogando no modo Final Fantasy, o New Game+ do jogo, esses combates certamente serão bastante desafiadores. Especialmente o combate contra o último chefe da DLC. Para quem busca desafios e combates muito divertidos, a DLC acaba compensando.

Echoes of the Fallen também conta com a Buster Sword de Cloud Strife (Final Fantasy VII), que apesar de ficar rapidamente obsoleta você pode continuar usando a aparência dela, um mimo de fanservice para fãs do jogo.

Além disso, o Pináculo dos Sábios conta com alguns equipamentos especiais que são bastante úteis e podem te ajudar nos combates finais do jogo, principalmente se você estiver rejogando no modo mais difícil.

Um aquecimento para The Rising Tide

Echoes of the Fallen me deu a impressão de ser apenas um aquecimento para a aguardada próxima DLC, que deve ser lançada juntamente com a versão de PC do jogo. Um conteúdo que poderia ser uma sidequest no jogo base ou uma DLC gratuita como um mimo para os fãs, mas que acabou sendo lançada como conteúdo pago.

Em termos de lore, ela não vale tanto a pena em minha opinião. Mas para quem busca combates divertidos e mais desafios nessa fase do “endgame” do jogo, ela pode ser bem-vinda.

E que agora venha o Leviathan!