Crítica: Star Ocean First Departure R – De volta ao passado problemático

Por Marconi

Por muito tempo eu fiquei sem jogar rpgs japoneses da velha guarda e existia um motivo para tal, mas quando eu tive a oportunidade de visitar o mundo do primeiro Star Ocean eu fiquei verdadeiramente empolgado.Entretanto, depois de algumas horas do remaster de Star Ocean First Departure R, eu vim a lembrar o motivo do por que eu me afastei deste tipo de jogo.

O game logo no início nos introduz a Roddick e seus amigos Millie e Dorne, patrulheiros da pacata cidade de Kratus,que um dia descobrem uma misteriosa doença na cidade vizinha que transforma as pessoas em pedra. Assim se inicia a trama.Uma narrativa que até desenvolve seus personagens e tem o que era pra ser um plot twist impactante, e ainda sim, no final é só uma história de anime de fantasia bem genérica.

As mecânicas de Star Ocean First Departure R funcionam de uma maneira bem simple. Existe o overworld, dungeons e cidades. As cidades funcionam como uma safe zone onde o jogador pode comprar equipamentos e itens. As dungeon e o overworld são um zona de batalha e combate é bem simples mas funciona na proposta de ser um rpg de ação. O grande problema não fica por conta das mecânicas de combate, mas sim pelos encontros aleatórios e o grinding massivo, o jogo poderia ao menos ter a opção de ativar e desativar os encontros aleatórios nesse remaster,tornando assim a experiência de exploração menos exaustiva.

Como todo Jrpg é possível recrutar personagens, e em Star Ocean First Departure R não é diferente. Porém o jogador não pode recrutar todos os personagens disponíveis, tem um número exato de membros da party,  isso faz com que exista um fator replay, pois o jogador poderá ter em sua party, personagens diferentes em cada new game.

As músicas do game cumprem bem o papel delas, você quase nunca as nota, mas elas fazem um bom trabalho. O estranho foi não haver uma remasterização orquestral das músicas, que pode causar uma certa estranheza se comparada a qualidade do som dos jogos atuais.

Em geral o jogo não é feio, mas dá pra ver que eles apenas tornaram o jogo em hd sem fazer um tratamento nas texturas 3D e nos cenários pré renderizados, isso faz que tudo fique muito pixelado e borrado. No jogo houve um redesign no desenho dos personagens e alguns deles funcionaram, outros a estética antiga fica um pouco melhor, mas em geral isso fica a critério do jogador, que tem a opção de escolher tanto o design novo quanto antigo.

Eu sei que muita gente vai gostar desse jogo principalmente pela nostalgia de jogos dos Jrpgs da grande era Super Nintendo e Playstation 1, mas pra mim essas 28 horas de Star Ocean First Departure R são resumidas em um frase “Eu subi uma montanha esperando um oceano de estrelas, mas no topo encontrei um mar  vazio”.

Star Ocean First Departure R vai estar disponível para Plastation 4 e Nintendo Switch no dia 5 de dezembro de 2019

Essa crítica foi escrita em base de uma cópia cedida pela Square Enix para o Game Lodge .