Fora do Radar é um quadro semanal do Game Lodge com a intenção de comentar sobre jogos diferentes e que mesmo que sejam interessantes de serem comentados, de maneira positiva ou não, não geram tanto assunto para um texto inteiro só deles. Confira os jogos da semana:
Iji é um jogo indie gratuito feito por Daniel Rema. Lançado em 2008, o jogo conta a história de uma menina chamada Iji que foi visitar o pai no trabalho e ocorre um ataque alienígena de repente, que a faz perder a consciência durante o ataque
Ao acordar, Iji sente que seu corpo está diferente e se vê capaz de enfrentar os invasores. É um jogo de ação bem honesto, e com um twist que pra época que joguei me pegou bastante: O jogo se adapta da forma que você joga
Se você jogar evitando combate, muitas partes do jogo vão mudar porque personagens chaves irão reagir com sua atitude pacifista. Se começar jogando de forma violenta, o jogo vai se adaptando a isso também, mostrando a personagem no início bem relutante, mas ao longo do jogo falando de forma cada vez mais agressiva e o texto do jogo também reconhece isso.
É um jogo com história bem bacaninha, e com um valor replay interessante com essas duas grandes rotas.
O jogo de 2008 pra cá teve vários updates, e jogando a versão mais recente senti que foi muito mais fácil não ser letal do que era quando joguei há uns 15 anos atrás. Não sei o quanto as atualizações facilitaram o jogo ou se é só minha memória.
Ringlorn Saga Gaiden é uma dessas aleatoriedades que a Steam me recomenda às vezes e que normalmente são muito bem-vindas.
O jogo é um RPG adventure inspirado nos clássicos RPG’s japoneses do PC e MSX. À primeira vista ele parece meio minimalista, mas ele tem algumas nuances bem interessantes.
Seu combate é baseado no bump system dos Ys clássicos, mas ele também tem variações tipos de ataques e modo de ataque ou defesa, que você precisa usar estrategicamente. E sua principal mecânica é a habilidade de tomar a forma dos inimigos derrotados e usar isso como vantagem.
O jogo é curto e sua proposta é justamente ser uma experiência rápida e direta para quem gosta de RPGs. Apesar disso, ele não deixa de ser desafiador.
Recomendo que confiram os outros jogos da desenvolvedora, a Graverobber Foundation. que seguem nessa mesma proposta de jogos inspirados em clássicos dos anos 80 e 90 e bem curtinhos, perfeitos para quem gosta de RPG mas não tem mais tanto tempo pra jogar.
TCG Card Shop Simulator é um jogo, em acesso antecipado, do desenvolvedor indie da Malásia, OPNeon Games. Se você consome ou está inserido no mundo das livestreams, provavelmente já tenha ouvido falar do jogo, visto o sucesso que ele tem feito com streamers variados. Eu consumi tanto conteúdo dele, que não resisti e tive que jogar eu mesmo.
As minhas impressões do jogo pelo que eu via em lives era real, é realmente um jogo divertido, cozy e viciante de ficar jogando. Aquele tipo de jogo descompromissado que você inicia para jogar um pouco e relaxar e quando vê já passou horas e horas.
Como o nome do jogo já diz, ele é um simulador de uma loja de card game. Devemos comprar os produtos com o fornecedor e colocar pra vender na loja, atender clientes, repor estoque, tacar spray nos clientes fedidos (muito bom), cuidar da organização física do local e o mais viciante, ABRIR PACOTINHOS.
O jogo usa muito bem a experiência de abrir os pacotes para fazer a gente buscar aquela carta raríssima para exibir ou colocar a venda. Aqui é usado de maneira muito eficiente os efeitos sonoros, criando basicamente um ASMR de abertura de pacote, o que ajuda a prender o jogador ainda mais.
Se você quer um jogo sem muito compromisso para você relaxar e jogar totalmente no seu tempo, então eu recomendo fortemente o TCG Card Shop Simulator. Ainda mais se você gostar de qualquer card game ou até mesmo gostar da experiência de gacha de ir atrás das coisas raras. Mesmo em acesso antecipado o jogo já tem bastante coisa e tem sido constantemente atualizado.