Essa semana o Fora do Radar é recheado de diversidade. Temos navinhas, jogos novos, jogos nem tão novos e até mesmo jogo que te faz pensar se é jogo mesmo. Confira as indicações da semana e descubra essas maravilhas conhecidas como joguinhos.
Tarnished Blood é um jogo com ideias que se funcionasse do jeito que funciona, seria um dos melhores jogos do ano.
Ele é um jogo de estratégia meio combate por turno onde você controla a timeline do combate e vai encaixando ações para se posicionar e atacar aonde vantajoso e evitar sofrer na mão do inimigo. Os combates podem ser longos e árduos, e depois disso você é recompensado vendo um replay da batalha sem cortes que você montou ali.
O problema é que esse tipo de jogabilidade depende muito de visual, que de longe é a parte mais fraca do jogo. Os bonecos são muito pouco animados, me lembrando trabalhos amadores de Flash que trombava no Newgrounds. O modelo dos personagens também são um tanto genérico, o que não contribui nada.
Toda essa parte estratégica e que consome bastante tempo deveria valer a pena por você ver seus personagens fazendo coisas incríveis, mas com esses problemas você só vê uns bonecos genéricos e desengonçados pulando pra lá e pra cá e malemal mexendo o corpo.
Aliás, o jogo tem momentos narrativos entre uma batalha e outra, e as vezes dentro das batalhas que pode ser interessante. Estes trechos que aumentam, diminuem status ou até podem causar traumas nos personagens (bem a lá Darkest Dungeon). É uma camada a mais do jogo que é legal, mas não se sustenta por si.
Escrito por Jean
LOOPERS é uma Kinetic Novel desenvolvida pelo estúdio Key, em colaboração com o escritor Ryukishi07, conhecido pelo seu trabalho em Higurashi When They Cry e Umineko When They Cry, e também com o Ilustrador Kei Mochizuki, conhecido pelo seu character design em alguns jogos como Fate/Grand Order.
Kinect Novels são um gênero de Visual Novels na qual o jogador não tem alguma interferência na história, do começo ao fim a narrativa se desenrola conforme a visão do escritor, normalmente Visual Novels possuem diferentes rotas e escolhas que alteram o final, Kinect Novels sendo mais lineares.
LOOPERS é uma história bem curta sobre um grupo de pessoas que ficam presas em um loop temporal, sendo forçadas a viver o mesmo dia de novo e de novo, enfrentando seus problemas interiores e convivendo com outros personagens, eles buscam entender uns aos outros e uma maneira de quebrar esse loop de volta a realidade. A história tem um bom ritmo, ótimos mistérios, excelente desenvolvimento de personagens e dramas pessoais, para amantes de viagem no tempo, é uma boa leitura.
Escrito por Guinyus
Você está no banheiro de uma balada em um armazem nada suspeito, seu único caminho é em direção a uma porta onde tudo que te espera é uma espingarda calibre 12. e o Dealer. Esse é o contexto de Buckshot Roulette, um jogo indie desenvolvido por Mike Klubnika, sobre uma partida de roleta russa, que usa espingardas em vez de um revolver, entre você e o Dealer.
É um jogo simples, mas muito divertido. As partidas funcionam num sistema de rodadas, onde você tem que ganhar 3 rodadas contra o Dealer para sair vitórioso e levar seu prémio em dinheiro para casa. A cada rodada ambos tem um número x de vidas e quem perder todas primeiro perde a rodada. Durante essas rodadas serão apresentadas o número de balas que a arma vai ter e o número de capsulas vazias, cabe ao jogador gravar e planejar sua jogada.
Para incrementar tudo, a cada recarga da arma a gente pode pegar um número de itens para ajudar. Esses itens tem efeitos variados como recuperar vida, impedir o turno do Dealer, fazer a arma dar 2 de dano, checar se tem bala ou apenas o cartucho vazio, entre outros. São várias coisas que permitem criar uma tensão na partida, além de aumentar a estrategia para vencer. Não é apenas sorte aqui, apesar de ter obviamente seus momentos em que você tem que decidir arriscar e torcer para dar certo.
Depois que você “zera” a primeira vez, você libera o modo “O dobro ou nada”. Nesse modo você não tem um número de rodadas determinado para vencer. Aqui você joga e a cada fim de rodada que você ganhar tu pode escolher entre dobrar o valor do prémio ou simplesmente ir para casa com o que você tem. E como o nome já diz, se você perder a rodada depois de escolher dobrar você volta sem nada. Vale dizer que esse dinheiro é só pontuação, não tem nada que você faça com ele em si.
Esse é uma aventura que eu recomendo para quem quer algo sem compromisso, e um jogo um tanto diferente. O fator rejogabilidade dele é bom e eles já tem anunciado um modo multiplayer para o jogo, o que deve deixar ainda mais legal de se jogar (e talvez perder umas amizades). Além disso é um jogo super em conta e ainda está disponível pela nossa parceira Nuuvem.
Escrito por Leonardo Costa
Esses dias eu tirei a poeira do meu PS1 e peguei um disco de um jogo que eu adorava jogar ali no finalzinho dos anos 90: Einhänder.
Desenvolvido pela Squaresoft do Antigo Testamento, hoje Square-Enix, Einhänder é um jogo de nave bastante criativo e desafiador. E por alguma razão que só uma mente com ideias doidas como a dos desenvolvedores dos anos 90, o jogo é levemente baseado no mito grego de Selene e Endimião.
O nome do jogo vem do alemão “uma mão”, que referencia o “braço” que a nave possui, que é utilizado para equipar armas secundárias e que permite que você altere a direção dos disparos.
Apesar de hoje ser meio um clássico cult desconhecido, o jogo foi bem recebido pela crítica na época. Alguns anos depois a IGN chegou a eleger ele como o melhor jogo de nave 2D.
Esse é um dos títulos da antiga Squaresoft que tenho muito carinho e que é um exemplar bem legal de uma época bastante experimental da indústria dos games dos anos 90.
Escrito por Arthur
Fora do Radar é um quadro semanal do Game Lodge com a intenção de comentar sobre jogos diferentes e que mesmo que sejam interessantes de serem comentados, de maneira positiva ou não, não geram tanto assunto para um texto inteiro só deles.