Crítica: Per Aspera – Um trabalho espacial

Por Gabba Fernandes

Esta crítica foi escrita usando uma key enviada para o Game Lodge

Per Aspera é como trabalhar. Principalmente se o seu trabalho envolver qualquer tipo de gerenciamento de recursos. Mais ainda se for um trabalho como comandante de um sistema com uma quantidade absurda de recursos diferentes a serem explorados e balanceados para permitir que Marte seja devidamente habitado por humanos.

Ok, vamos lá. O jogo te incube de se tornar AMI, uma inteligencia artificial consciente com a missão de orbitar o planeta vermelho e propiciar as condições necessárias a vida humana. A parte do consciente se dá a partir do momento que o jogador acompanha os questionamentos de AMI. Sem nenhuma cerimonia, AMI passa a se perguntar o que ela é, como deveria se comportar e seu medo de não ser viva. É quase uma mini visual novel surpresa no meio do seu Sim City Interplanetário.

Um pequeno exemplo de diálogo homem-máquina possível em Per Aspera

Dentro do esperado, os rumos sao inesperados. O ritmo da narrativa é relativamente rápido, com coisa de 3h (para um jogo de gerenciamento, lembre-se). AMI nesse tempo tem os primeiros lampejos de sua real função e passa a questionar a raça humana, ou você, que no caso, é ela mesma.

A direção de arte é linda, e me fez o tempo tod me sentir parte de uma missão da NASA. A trilha sonora com umas batidinhas eletrônicas cumpre seu papel. O problema principal é a UI que rapidamente se torna confusa, mesmo com os filtros de visualização.

São 19 indicadores na sua tela fora todas as rotas, o que torna a solução de problemas na sua cadencia produtiva quase impossível sem um misto de aleatoriedade e tentativa e erro.

Essa visualizaçao é definitivamente bonita

O jogo pretende ainda abordar combate, e já sei que vai atacar minhas urticária. Estou a 13 meses marcianos tentando entender para onde o carbono que estou produzindo está indo. Meu indicador de oferta está em alta, mas o satélite para explorar o próximo quadrante não consegue ser construído.

É complicado, e Per Aspera faz parecer ainda mais do que é. Porém, os desenvolvedores estão comprometidos em manter suporte ao jogo, que também inclui um modelo sandbox.

Em um ano com uma quantidade razoável de jogos, Per Aspera pode passar batido, e quase o foi para mim. Algumas horas de jogo me satisfizeram, já que não encontrei os famosos etzinhos marcianos na minha playthrough.

Per Aspera está disponível para PC pela Steam

Está crítica foi escrita usando uma key enviada pela assessoria da publisher para o Game Lodge

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Nome do jogo:

Per Aspera

Publisher:

Raw Fury

Desenvolvedora:

Tlön Industries

Plataformas Disponíveis:

PC