Crítica: Atelier Marie Remake: Alchemist of Salburg

Escrito por Colaborador
Crítica

Atelier Marie Remake: Alchemist of Salburg é o novo lançamento da Gust e da Koei Tecmo que comemora o aniversário de 26 anos da franquia Atelier. Como o nome já diz, o jogo é um remake do primeiro título da série,  Atelier Marie: Alchemist of Salburg, que foi originalmente lançado em 1997 para o Playstation e até então nunca tinha sido disponíbilizado oficialmente no ocidente.

Review escrita por EmpHighwind

O jogo original, base de boa parte da série Atelier, foca-se no mundano universo de fantasia, com a protagonista Marlone, apelidada de Marie, tendo que cuidar de uma oficina como atividade acadêmica. Para não reprovar ela precisa fazer algo de qualidade adequada, através da alquimia, em cinco anos.

Este período de exame começa no dia 1 de Setembro do primeiro ano e termina no dia 30 de Agosto do último ano, operando em um sistema de calendário. No remake existem dois modos, o normal, em que o calendário segue normalmente do começo ao fim, como o jogo originalmente foi feito, e o modo ilimitado, em que é possível continuar o jogo mesmo após o período de exame for concluído, porém alguns dos eventos não estão disponíveis durante este segundo modo.

O jogo se passa na cidade Salburg, em que os lugares mais importantes são o atelier da protagonista, onde todas as sínteses de itens são realizadas, o Bar, onde  é possível escutar rumores atender a pedidos de itens em troca de dinheiro e a Academia, onde é possível comprar utensílios e livros.

Dentro do atelier é possível sintetizar itens nos quais você possui as receitas, obtidas através de livros, e materiais necessários, além de utensílios e dias específicos para serem sintetizados. Sinterizar itens consomem MP e aumentam a fadiga, quanto maior a fadiga, mais chance da síntese falhar.

O itens tem um ranking definido pelo seu tipo e, diferente de alguns jogos da série, não há mecânicas como Qualidade, o que para os veteranos da série pode parecer algo ser muito simples, mas que aqui é efetivo o suficiente.

O jogo possui dois atributos chaves, o de conhecimento, que aumenta na medida em que o jogador escuta rumores, adquire receitas e sintetiza novos itens, e o de reputação, que cresce conforme aceitamos e realizamos pedidos no bar. O não cumprimento do prazo desses pedidos pode fazer com que Marie perca reputação. Quanto mais conhecimento e reputação, mais a biblioteca da academia é expandida, sendo possível adquirir novos livros de receitas.

Também é possível sair da cidade e explorar áreas em busca de materiais, diferente do original, em que a exploração era puramente por menus e possuía uma aleatoriedade, aqui é possível andar livremente nessas áreas, podendo se focar em catar materiais específicos e desviar de inimigos. É possível também simular a aleatoriedade do original em coletar os materiais, mas interface no remake mostra onde e quais materiais podem ser coletados.

Durante a exploração e síntese de alguns itens específicos é possível entrar em alguns minigames, que foram completamente refeitos. No menu de extras é possível rejogar estes minigames a qualquer momento.

O combate não é o foco do jogo, mas ele está presente aqui também e é bem simples, tendo apenas comandos de defender, ataque básico e 2 ataques especiais diferentes, que podem ser adquiridos e melhorados ao decorrer do jogo. É possível recrutar aventureiros na cidade para lhe ajudar na exploração, pagando uma taxa.

Depois de certo ponto no jogo é possível, ao pagar uma taxa, recrutar fadas para que sintetizam itens que você já fez ou coletar materiais de lugares já visitados. Estas taxas criam uma espécie de economia dentro do jogo em que você precisa continuar atendendo pedidos para manter as fadas e aventureiros ao seu lado.

Conforme você leva os aventureiros, o atributo de amizade é aumentado, fazendo com que eles realizem pedidos diretamente do atelier e, eventualmente, desbloquearem eventos relacionados a tais personagens. Alguns destes eventos podem lhe conceder títulos no término do jogo.

O remake possui um guia de como conseguir ativar estes evento, que ajudam a dar mais variedade e volume para o jogo.

O jogo contém sete finais. Entre eles, os mais comuns são o final ruim, que pode ser adquirido falhando em sintetizar qualquer item de qualidade alta o suficiente até o dia final e o final normal, onde você é bem sucedido. Os finais restantes possuem requerimentos mais específicos, mas que podem ser completados com bastante folga no calendário. No New Game Plus é possível levar o equipamento e parte das informações da biblioteca de itens, o que ajuda na aquisição desses finais extras.

Através de tarefas periódicas, o remake dá dicas ao jogador com o que ele deveria ter sintetizado naquele ponto do calendário. Uma outra adição do remake é o Memorial Hall em que dá pra tirar fotos com os modelos e cenários do jogo.

Visualmente o remake opta por um estilo mais “bonitinho” com proporções deformadas em comparação com os outros jogos 3D da série, o portraits e artes durante eventos foram refeitos, mas ainda mantém a essência do original. A trilha sonora conta com novos arranjos orquestrado por Shinsuke Takahashi, e é possível escolher entre a trilha original e a nova.

Atelier Marie Remake: Alchemist of Salburg é um jogo interessante que deixa coisas do original bem mais agradável para novos jogadores, e para os veteranos, é interessante ver a base de como a série começou, e mesmo que não seja exatamente a experiência original, é a melhor maneira de experienciar o que game que iniciou tudo.

Nome do jogo:

Atelier Marie Remake: Alchemist of Salburg

Publisher:

Koei Tecmo

Desenvolvedora:

Gust

Plataformas Disponívies:

PC, Playstation 4, Playstation 5, Nintendo Switch

Esta crítica foi escrita usando uma key enviada para o Game Lodge