Crítica: Back 4 Blood, uma volta refrescante

Escrito por Silvio Diaz
Crítica

Back 4 Blood foi um jogo que mais do que animado para seu lançamento, eu fiquei esperançoso. A Turtle Rock Studio, após o fracasso de Evolve, voltando a basicamente criar um novo Left 4 Dead não permitia outro sentimento. A franquia que deu fama ao estúdio foi parte importante da minha adolescência e nada chegou aos pés do que Left foi, pelo menos não até Back 4 Blood.

Eu honestamente não sei explicar, mas nada encaixava realmente bem como Left 4 Dead em seu estilo. O multiplayer de fase, especialmente feito para jogar com amigos, foi extremamente explorado nos últimos anos. Muitos sem muita novidade, outros com verdadeiras diferenças e especiais de sua maneira. Ainda assim, com tanta variedade, nada clicava comigo, todos pareciam faltar algo.

Com Back 4 Blood essa questão do que falta continua indefinida, eu honestamente não consigo apontar o motivo de alguns terem me dado ânimo, a questão é que Back 4 Blood finalmente conseguiu isso. Talvez pro estúdio a comparação não seja boa pro marketing e até mesmo para os seus planos, mas o que temos aqui é basicamente um Left 4 Dead 3.

Mutações muito mais interessantes, fases melhores com diferentes tipos de gimmick e um sistema de carta que realmente muda como o jogo funciona. Tudo isso em um sistema que qualquer um que jogou Left 4 Dead 1 ou 2 entende muito bem como funciona. Você precisa ir de um ponto ao outro, mesmo que seja uma distância curta, a base é essa. Às vezes tem uma horda no meio, em outras um chefão. 

A questão é que em Back 4 Blood o básico funciona muito bem e o que é novo, se encaixa com perfeição. Talvez a maior novidade pro estilo sejam as cartas. Em toda fase o jogador escolhe uma carta de seu baralho e o mapa recebe cartas que podem ser de vantagem ou desvantagem para o jogador. Obviamente, dependendo da dificuldade, mais cartas do cenário aparecem, mas esse sistema também permite que uma mesma fase tenha diferentes questões e desafios. 

Com esse sistema, a dificuldade não se limita a quantidade de inimigos, mas também em quão resistente são ou quão difícil é enxergar cada um deles. Para um jogo que se vende como algo duradouro, já com novos personagens e história prometida para o primeiro ano, isso é basicamente criar um sistema que pode ser mudado e ajustado sempre. 

Esses status de carta também se ligam aos personagens, com 8 bonecos de escolha, além de skin, personalizado e diálogo, os personagens têm diferentes bônus e armas iniciais. Mais uma camada de mecânicas que não apenas tornam o jogo mais interessante e robusto como permitem estratégias na campanha e permitem que jogadores se tornem melhores ao aprenderem a usar as habilidades de cada um.

Essa junção de fatores, novas mecânicas, mutações com diferenças mecânicas e que realmente movimentam o jogo e fases incríveis facilitam muito de gostar Back 4 Blood. Um jogo que me fez lembrar do motivo de me divertir tanto com Left na adolescência e foi lançado da maneira mais certa possível. Com cross play, disponível no Game Pass e um online perfeito. Facilmente o melhor jogo para se jogar com os amigos. 

Nome do jogo:

Back 4 Blood

Publisher:

Warner Bros

Desenvolvedora:

Turtle Rock Studio

Plataformas Disponívies:

PC, Playstation 4, Playstation 5, Xbox One, Xbox Series S|X

Esta crítica foi escrita usando uma key enviada para o Game Lodge