Crítica: Copycat – Uma mensagem linda na teoria porém irritante na prática

Por Jean Kei

Nota: 6

Esta crítica foi escrita usando uma key enviada para o Game Lodge

Copycat é o primeiro jogo do estúdio Spoonful of Wonder, sendo publicado no Brasil pela Nuuvem. Neste jogo, você é Dawn, uma gatinha adulta que foi adotada por uma senhora de idade, já doente e um tanto solitária. O foco do jogo é na narrativa, tendo uma jogabilidade simples, com alguns minigames aqui e ali, mas tudo acessível para qualquer pessoa.

Mesmo em alguns momentos que exigem um certo timing, o jogo não lhe pune por falhar diversas vezes. Como esse é um jogo comprometido apenas com a narrativa, o fato dele ser fácil se torna um ponto positivo, podendo ser uma boa pedida para apresentá-lo até para quem não é familiarizado com a mídia.

Dito isso, o jogo é um pouco bugado e tem problemas na câmera

Possivelmente é uma questão pessoal minha, mas a forma com que a câmera agia neste jogo me causou enjoo. Tive que fazer algumas pausas durante as 3 horas que estive com ele para não passar mal. Provavelmente é um caso isolado, mas é um alerta que sinto a necessidade de dar.

Além da câmera, tive alguns pequenos problemas pontuais com controle não respondendo muito bem ou algumas falhas na física do jogo, as vezes ficando preso aonde não devia, um pulo não sendo feito direito. Isso seria algo muito mais problemática em jogos com foco maior em mecânica, mas aqui vira só um empecilho chato porém passável.

Em questão de estética, não tenho muito o que falar, é um jogo 3D bem…Ok. Não tem nada surpreendente tecnicamente nele, nem na direção de arte, nem em sua trilha sonora. É tudo simples e aceitável, botando o foco inteiramente no seu impacto narrativo.

Afinal, se a narrativa é o que importa em Copycat, ela é boa?

Então, essa é uma pergunta complicada. Falando de forma fria, sim. A narrativa do Copycat é bastante impactante e consegue ser muito bem contada nesse período de 3 horas. Você conhece bem a história da gatinha, da senhora que a adotou e ele faz os temas de sentimento de incapacidade, abandono, depressão e responsabilidade terem impactos aqui. Se disser que esse jogo não faz um bom trabalho em contar o que ele quer contar, estaria sendo um mentiroso. Todavia, também estaria mentindo se dissesse que sai positivo com ele.

Como é uma narrativa curta e com muito impacto, não quero dar detalhes do porque terminei profundamente incomodado com a história do jogo. Falando da forma mais aberta possível, eu sou bastante sensível com os temas de Copycat e com histórias de pet, e a maneira com que as coisas terminam me incomodaram muito a nível pessoal.

O sentimento que tive é que o final deu uma solução barata para algo muito complexo, fazendo com que eu não aceitasse bem as coisas sendo entregues do jeito que foram.

Por um lado, Copycat ter me incomodado tanto desta forma específica é um sinal de que ele cumpre o objetivo de ser uma narrativa impactante, não sendo algo genérico ou sem alma. Dito isso, sendo sincero, antes de recomendar este jogo recomendaria vários outros jogos de propostas parecidas.

Nome do jogo:

Copycat

Publisher:

Nuuvem, Neverland Entertainment

Desenvolvedora:

Spoonful of Wonder

Plataformas Disponíveis:

PC

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Eu posso ter tido muitos problemas com o jogo, mas hey, ele é impactante e talvez você queira conferi-lo! E comprando pela Nuuvem no link além de nos ajudar ainda pode fazer isso parcelando em até 6x sem juros!