Crítica: Disgaea 7: Vows of Virtueless dá positivos passos pra trás

Escrito por Jean Kei
Crítica

Antes de mais nada, eu anteriormente escrevi um texto dando minha primeira impressões sobre Disgaea 7: Vows of Virtueless. Não pretendo me repetir, e mantenho a impressões ditas ali, então ainda é um texto válido. 

Disgaea 7: Vows of Virtueless foi uma grata surpresa, escrevi no no texto anterior como o jogo funciona e que ele reverte decisões feitas em Disgaea 6: Defiance of Destiny. Com o jogo finalizado e com impressões mais completas dele, consigo dizer que esse foi seu principal acerto.

Afinal, é um jogo mais acessível e com mais controle

Criar personagens poderosos neste jogo é gostoso, tanto por te dar diversas forma de fazê-lo quanto de acompanhar o processo. Ao repetir fases, você pode utilizar um auto battle já configurado (chamado de Demonic Inteligence), função principal do jogo anterior. Aqui, o fato dessa função ser exclusivamente um extra e ter uma limitação de número de vezes que pode ser utilizado, lhe incentiva de usar de maneira mais inteligentes.

Inclusive, há um minigame chamado Demon Shogi no qual você usa personagens predefinidos em auto battle, onde o desáfio é saber configurá-los de forma eficiente para terminar a fase. Essas novas dinâmicas fazem com que subir níveis em Disgaea 7 seja menos cansativo do que grind tradicional de outros jogos e ainda acaba sendo recompensadora. 

Claro, como dito anteriormente, ainda temos a exploração pelo Item World que lhe dará itens melhores e não necessariamente é exclusiva para grind, mas segue sendo um método válido.

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Jogabilidade cheia de possibilidades também é mais flexível

Como dito em minhas primeiras impressões, a graça de Disgaea como um todo é no quanto sua jogabilidade é flexível e com diversa possibilidades. Você pode focar num personagem e fazer um exército de um homem só, pode fazer um grupo equilibrado com alguma dinâmica específica e o céu é o limite nesse quesito. O jogo adiciona dois elementos a mais nesse balanço: Hell Mode e Jumbity.

Hell Mode é uma condição especial que personagens que possuem uma das sete arma lendárias (que fazem parte da história do jogo) podem usar. Cada personagem tem um Hell Mode único, alguns ficam mais fortes, outros podem agir mais de uma vez por turno quando ativado, outros controlam inimigos ao seu redor. Este modo fica disponível quando o personagem enche uma barra ao matar oponentes.

O Jumbity é um modo que, ao encher uma barra de rage, que sobe principalmente quando você apanha, faz o personagem ficar gigante, num estilo bem filme de Kaijus. Quando o personagem está gigante, além de ter status muito maiores, ele pode atacar vários inimigos de uma vez com um soco. Esse modo é uma forma interessante de mudar o fluxo de uma luta. Dito isso, os inimigos também possuem o poder de ficarem gigantes, então as vezes o cenário vira uma batalha de gigantes caótica.

Além disso, o jogo tem uma história boba mas sincera.

Comentei no texto anterior um pouco sobre a história, e ao longo do jogo ela só foi crescendo pra mim.

Disgaea 7 não tem medo de ser ridículo e clichê. O jogo mistura humor pastelão com momentos dramáticos com tropos que você já viu, temas já exaustos e sem medo de soar brega e isso funciona. O jogo é tão sincero na sua forma de contar história e tão despretensioso, mas aplicando de uma maneira legal, que achei a jornada e todos os personagens carismáticos.

Comentei nas primeira impressões que o jogo parecia ter um comentário sobre o Japão ter se aberto para o resto do mundo e até tem, mas com um plot twist interessante ao olhar a coisa neste aspecto.

O jogo faz piada com cultura otaku diversas vezes, das forma mais clichês as mais inesperadas, e achei bem divertido num geral.

No fim, Disgaea 7 é um ótimo jogo para a série

Disgaea 7: Vows of Virtueless é uma boa pedida para quem já gosta da série, independente de ter ou não gostado do sexto jogo. Para pessoa novas na franquia, este também é uma boa porta de entrada. Só entre sabendo que Disgaea não é um jogo de estratégia convencional, tendo muitas particularidades na sua forma que é maleável.

Nome do jogo:

Disgaea 7: Vows of Virtueless

Publisher:

NIS America

Desenvolvedora:

Nippon Ichi Software

Plataformas Disponívies:

PC, Playstation 4, Playstation 5, Nintendo Switch

Nota: 9

Esta crítica foi escrita usando uma key enviada para o Game Lodge