Crítica: Granblue Fantasy Versus: Rising expande o que já era bom

Escrito por Jean Kei
Crítica

Primeiramente, essa crítica foi possível graças ao código fornecido pela nossa parceria com a Nuuvem! Obrigado pelo código de review.

O Granblue Fantasy Versus original foi um jogo numa situação curiosa. O jogo tinha duas coisas para ser um sucesso de furar bolhas: um elenco de personagens com design carismáticos e uma gameplay mais convidativa que a média de jogos de luta. Não atoa, em 2020, eu considerava o jogo uma das melhores portas de entrada para jogos de luta. 

Porém, com um online limitado e com netcode falho para partidas somado com o estopim de uma pandemia, o jogo perdeu sua chance de brilhar.

Se dedicar a jogar Granblue Fantasy Versus num momento em que o online tinha vários problemas e o conteúdo offline, por mais que tivesse coisas legais era bem raso foi algo impraticável para a maioria dos jogadores. O jogo então de uma recepção muito positiva em poucos meses começou a parecer um jogo esquecido.

Três anos depois surge Rising, um segundo jogo prometendo corrigir os erros do primeiro.

Além de vir com todos os personagens do jogo original (incluindo DLCs) e com mais alguns, rebalanço no combate acrescentando mais camadas de complexidade de forma inteligente, o jogo adotaria um rollback netcode, um sistema online mais popular entre jogadores e que proporciona partidas mais dinâmicas e com muito menos atrasos.

Menu de Granblue Fantasy versus

Mas será que três anos depois Granblue Fantasy Versus continua sendo a melhor porta de entrada?

Depois do primeiro jogo, surgiu Street Fighter 6, que foi um jogo que abraçou a ideia de fazer um jogo de luta que abrace tanto um público novo quanto veterano, criando um esquema de controles totalmente novo e de forma com que jogar com ele fosse viável até para cenários competitivos.

Nesse aspecto, Granblue Fantasy Versus: Rising não é tão amigável para novos jogadores quanto, mas nele há abordagens diferentes e interessantes.

O que torna Granblue Versus dinâmico e amigável para novatos em jogo de luta são duas coisas: comandos com execução simplificada bem aplicados e combos simples de se executar.

No primeiro jogo, há o autocombo que se é encontrado em vários jogos de luta modernos, com a desvantagem de ser muito previsível para o oponente. O que geralmente acontece é que iniciantes se divertem fazendo golpes elaborados facilmente, mas não demora muito para o autocombo se tornar uma armadilha que torna o jogador um alvo fácil para punição e contra-ataques.

Agora, o autocombo é chamado de Triple Attack e possui variações, podendo finalizar com um golpe que acerta por cima da cabeça ou um golpe por baixo, isso somado com a possibilidade de cancelar o combo simples e no meio fazer alguma outra coisa, adiciona uma camada de complexidade sem alienar o jogador novato.

Além disso, os especiais contam com atalhos no R1 que são fáceis de serem acessados, ao custo de darem menos dano, porém a redução de dano não é algo que torne os atalhos impraticáveis.

Os comandos comuns para se fazer especial são até simples, mas é muito fácil no meio de uma situação tensa o jogador se embananar e acabar fazendo besteira.

Granblue Versus com esses atalhos te incentiva bastante a não ficar dependente deles, mas ir se adaptando de forma dinâmica.

Em momentos que você se sente mais seguro para arriscar, pode tentar usar comandos da forma tradicional, mas em momentos em que você precisa de uma resposta imediata e está nervoso, o atalho pode te ajudar ao custo de um pouco menos de dano.

E agora o online é bom

Com o  Rollback Netcode o online está completamente funcional e não tive problemas ao jogar. Não sou exatamente especialista em jogos de luta, e senti que nas partidas ranqueadas eu sempre estive bem nivelado, dando aquela sensação de estar melhorando a cada partida, perceber de forma mais clara aonde errava e quais eram meus vícios nas partidas que perdia.

Uma medida interessante que possivelmente vai fazer com que esse jogo tenha um online bastante ativa, é que ele tem uma modalidade free to play.

A versão free to play do jogo te da acesso a quatro personagens que vão rotacionando semanalmente e a partidas onlines (mas sem partidas privadas, então não da pra planejar jogar apenas com amigos facilmente).

Além das modalidades principais, o jogo possui um modo chamado Gran Batalha, que é um modo de jogo claramente inspirado em Fall Guys, mas com bonecos da série.

O modo é divertidinho mas bem esquecível, não é algo que incomoda de estar no jogo e as vezes é até legal pra dar uma respirada depois de tantas lutas, mas nada mais que isso

O modo Free to Play funciona como uma demo glorificada, permitindo pessoas a experimentarem o jogo por muitas e muitas horas sem se comprometer monetariamente e ao mesmo tempo ajudar a fomentar uma comunidade online.

E sim, o jogo possui Crossplay, então a comunidade não está dividida entre jogadores de consolePC.

Porém, o jogo peca no conteúdo offline

No modo offline nós temos um Versus com CPU, um modo arcade simples e que ao terminá-lo você só vê uma artwork bonita, e o modo história.

O modo história está substituindo o “Modo RPG” do primeiro jogo, deixando uma versão super simplificada e que acaba matando um pouquinho do pacing da aventura (que já era meio ruim).

O modo história possui três atos, sendo que os dois primeiros já eram conteúdo do jogo original e o terceiro é um conteúdo inédito. Caso você não tenha interesse em revisitar as coisas do primeiro jogo, dá para facilmente pular os dois primeiros atos e jogar direto o conteúdo novo.

Dito isso, a história é até legal para se ter mais contexto dos personagens e entender algumas relações, mas se você ignorar essa parte inteiramente não vai estar perdendo muito.

Além disso, a tradução do jogo está um pouco esquisita, principalmente na formatação.

O jogo tem um glossário que destaca palavras chaves, mas a forma que implementaram faz coisas curiosas, como grifar o nome “Gran” sempre que a palavra “grande” aparece

Lutar contra CPU também é fácil demais, até mesmo em dificuldades mais elevadas, fazendo com que jogar sozinho fique um pouco entediante rapidamente.

No mais, esse jogo é uma versão melhorada do anterior

Granblue Fantasy Versus: Rising é uma versão aprimorada do primeiro jogo, está mais bonita, está mais polido, e tem um online melhor.

Se você jogou o primeiro jogo sabe muito bem o que esperar aqui, e isso não necessariamente é algo ruim. Versus Rising é um jogo de luta sólido, divertido e amigável. 

Se o que lhe impedia de jogar o primeiro jogo era o online ou coisas específicas na mecânica, dê uma chance para este segundo.

O jogo inclusive está com um preço padrão menor na Nuuvem e com 10% de desconto no momento!

Granblue Fantasy Versus: Rising na Nuuvem

Nome do jogo:

Granblue Fantasy Versus: Rising

Publisher:

Cygames

Desenvolvedora:

Arc System Works

Plataformas Disponívies:

PC, Playstation 4, Playstation 5

Nota: 8

Esta crítica foi escrita usando uma key enviada para o Game Lodge