Crítica: HellSign – Uma boa ideia desperdiçada

Por Silvio Diaz

HellSign é uma tentativa de RPG sobrenatural. Nele, o jogador é um “explorador” que acordou numa noite com uma tatuagem que -por algum motivo- chama atenção de criaturas sobrenaturais. Mecanicamente, o jogo é sobre entrar em casas que sofreram algum tipo de ataque sobrenatural e investigar o que causou aquilo e dependendo do caso, executar o que estiver no local. 

Eu começo falando que ele é uma tentativa, pois é a melhor forma de resumir HellSign. Não importa quantas ideias interessantes o jogo tenha, nada é bem executado. 

Mecanicamente ele poderia funcionar muito bem, mas nada é bem explorado ou minimamente bem feito. Os cenários são sempre muito parecidos a ponto de criar a dúvida se não são os mesmos. As investigações acabam sendo sempre iguais, o jogador tem de procurar pontos sobrenaturais e achar um item, ou seguir rastros de sangue. Da mesma forma, as partes de ação não são nada inspiradas e não ajudam o jogo. Além do tiro ser mecanicamente ruim, os desenvolvedores tem toda uma mitologia para usar no lore e acabam criando os inimigos mais sem graça possíveis.

Claramente o problema dele é a falta de orçamento, isso fica claro nos menus, cenário, gráfico e até a forma simplificada que ele usa para locais de diálogo. Ainda sim, os problemas que realmente atrapalham HellSign não são os que o orçamento não paga, são as partes básicas. O roteiro é mal escrito e as ideias são escassas, é como se os desenvolvedores tivessem tido uma boa ideia mas não soubessem como desenvolver, o problema de HellSign não é só mecânico, é conceitual e mesmo estando em early acess, ele não tem nenhum sinal de que isso vai mudar. 

HellSign está atualmente em early acess na Steam e pode ser jogado em português através de MOD disponibilizado no Workshop

Está crítica foi feita em base de uma cópia cedida pelos desenvolvedores ao Game Lodge