Crítica: Skully – Uma aula sobre erros

Escrito por Marconi
Crítica

Skully é um jogo que desde seu primeiro momento se apresenta de maneira terrível, causando uma primeira impressão péssima, porém, o problema é que não é só uma primeira impressão.

Tudo começa quando um crânio chega uma uma ilha através das ondas do mar. Ao chegar, uma especie de divindade da natureza o desperta para resolver um problema envolvendo seus irmãos. O ser nomeia o crânio de Skully e eles partem para a aventura.

O jogo deixa claro que ele é pensado para crianças, ainda sim as escolhas da direção não foram lá as melhores. As cenas são frames estáticos com um desfoque do segundo plano, junte isso com o fato do design dos personagens serem tenebrosos e ganhamos uma experiência visual extremamente desconfortante. Além de todos os problemas relacionados a direção e design, seus visuais aparentam vir das configurações padrões da Unreal Engine 4.

Controlar o personagem quando ele está em sua forma natural em si não é ruim, mas não se engane, todo o resto que compõe a mecânica do jogo é de um mal planejamento absurdo. Ao iniciar a gameplay o jogo te apresenta as mecânicas básicas, por Slully ser basicamente uma bola você inicialmente pode pula e rolar. Conforme avança, Skully recebe três novas formas, cada qual com sua peculiaridade, e é aqui que as coisas começão a ficar estranhas, o jogo passa de um jogo ok e sem graça pra um jogo com level e game designs horrendos.

Habilidades como pulo duplo,adquirida em uma das formas, parece vinda de um teste alfa, o jogador não tem como corrigir o segundo pulo do personagem, e isso nem é uma das piores coisas. O game ainda conta com um péssimo level design em relação a progressão do mesmo. Muitas vezes seu objetivo está tão escondido e de tão difícil acesso que não parece ser o caminho a seguir, fazendo com que várias vezes pareça que estamos fazendo algum bug para passar das fases.

Além da mecânica de plataforma, o jogo possuí quebra cabeças baseados em combinar as formas de Skully, e no geral, eles são fácies e desinteressantes. Entretanto, tem um quebra cabeça desse jogo que sinceramente eu não sei como passar dele, como resolvi? eu literalmente buguei o jogo. Passei usando uma plataforma que parecia não poder ser usada.

Existem momentos em Skully que ele pega inspirações de Crash Bandicoot, certas partes o jogador tem que correr de algum perigo e chegar a um determinado ponto antes que Skully seja atingido. O problema é que a câmera do jogo fica em uma posição muito ruim. Varias vezes eu morri porque a câmera se posicionava de um jeito que atrapalhava a visão do que estavam por vir. O pior é que fora desses momentos alá Crash Bandicoot a câmera também é ruim, principalmente em locais fechados.

Por incrível que pareça o melhor aspecto de Skully é a trilha sonora, não é porque ela é boa ou coisa do tipo, sim pelo fato dela não ser um desastre como quase todos os outros aspectos do game.

Skully é um aula de como não se fazer um jogo de plataforma, quase todos os aspectos apresentados pelo mesmo se não são terríveis, são ruins e muita das vezes por conta da direção do game. Essa particularmente foi a pior experiência com vídeo games que eu tive esse ano.

Skully está disponível para Playstation 4, Xbox One, PC e Nintendo Switch.

Esta crítica foi feita em base de uma cópia de PS4 cedida pela assessoria do estúdio.