Crítica: Super Mario 3D World + Bowser’s Fury é uma grata surpresa para o Nintendo Switch. Ainda que traga um jogo já lançado para Wii U, sua base é mais que suficiente para criar um dos melhores Mario 3D já feito, dessa vez de uma maneira diminuta em Bowser Fury. Um modo que vai além de algo secundário e tanto pode quanto precisa ser mais explorado pela Nintendo em futuros jogos do bigodudo.
Confira o nosso podcast, Jogo Jogado com a crítica de Super Mario 3D World + Bowser’s Fury:
Super Mario 3D World é a mesma da versão de Wii U. Mesmo que tenha pequenas mudanças mecânicas como personagens correndo mais rápido e adaptação de modos que precisavam do tablet para um cursor controlado pelo motion control do Joycon, aquilo jogado no console anterior é igual aqui. A maior diferença é a possibilidade de jogar online, entretanto, esse sistema não funciona tão bem. Basta um jogador ter problema de conexão e 3D World passa a ser injogável para todos os outros do time.
Ainda assim, curiosamente, eu gostei muito mais dele agora no Nintendo Switch do que quando joguei a versão anterior. Talvez, o principal ponto para isso ter acontecido tenha sido o fato de que joguei com meu irmão dessa vez, enquanto antes terminei a campanha sozinho.
Super Mario 3D World genuinamente foi feito para ser jogado em multiplayer local. Ainda que seja impossível não comparar ele com 3D Land de 3DS, com mais de uma pessoa fica muito mais claro as ideias e onde estava o foco dos desenvolvedores. Todas as fases e pequenos detalhes de mecânica como pontuação e a coroa dada para o melhor jogador da fase anterior o distanciam de 3D Land de uma maneira própria.
Suas fases podem seguir a ideia do game para o portátil, mas são construídas com ideias originais e pensadas para algo que Mario 3D nunca foi, uma aventura compartilhada, cheia de possibilidades para confusão e gritaria desenfreada. Dessa forma, não é que o jogo melhorou, eu só demorei a entender Super Mario 3D World.
Bowser’s Fury é de cara surpreendente e em pouco tempo já fica perceptível a sua maravilha. Sendo quase que um Spin Off de Mario 3D World, ele usa toda a base do game de Wii U para recriar Mario. Aqui, em vez de fases ou mundos, é um mapa aberto com diversas ilhas que tecnicamente, são fases ligadas pelo oceano.
Nele, o objetivo é Mario juntar sois suficientes para liberar um grande sino que permite o personagem se tornar um gato gigante para enfrentar um Browser gigante, entretanto, enquanto o jogador coleta esses itens, o vilão desperta aleatoriamente e passa a atacar o personagem com bolas e bafo de fogo. Dessa forma, no meio de um desafio, chegando perto ou não do final da ilha, o jogo pode mudar e se tornar mais desafiador e com novas plataformas para atravessar.
É uma aleatoriedade interessante dada ao jogo e que torna cada momento ainda mais divertido. Entretanto, mesmo sem isso, ainda seria um jogo excelente. Cada ilha é usada e reutilizada de maneira inteligente, em momento algum ele se torna frustrante ou sem graça. Tal qual Breath of the Wild, é como se cada ponto daquele mundo fosse construído para funcionar de maneira quase artística independente do ângulo que o jogador vê ou começa
Bowser Fury não é só uma ótima surpresa, ele é um dos melhores Mario 3D já feitos e é impossível não desejar que o próximo grande jogo do personagem seja inspirado no que foi feito aqui. Mario funciona muito bem com mundo aberto e exploração, algo maior e diverso como ele é um feliz caminho a se seguir.
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