Crítica – Fire Emblem Engage é uma experiência familiar com um ar de novidades agradáveis

Por Guilherme Santos

Nota: 8.5

Fire Emblem Engage é o jogo mais recente da franquia da Nintendo, desenvolvido pela Intelligent Systems, e com design de personagens pela Mika Pikazo, o game traz um ar de novidade com o sistema Engage ao mesmo tempo mantendo sua tradição.

Fire Emblem é uma franquia que gosto muito, apesar de não ter jogado todos os jogos, tive experiência com alguns títulos, em particular gosto muito de Fire Emblem: The Blazing Blade e Fire Emblem Awakening, fora as minhas incontáveis horas no gacha Fire Emblem Heroes

Fire Emblem Engage (Nintendo Switch)

Eu pessoalmente não joguei Three Houses, então vou evitar completamente de fazer comparações com o jogo anterior da franquia, se Engage é uma “sequência” ruim ou boa de Three Houses, eu não faço ideia, irei analisar Engage pelo que ele é.

Fire Emblem Engage e seu maior ponto fraco

Começando talvez pelo ponto mais fraco de Engage, a história, que é no máximo “ok”, ela começa bem clichê e se desenvolve de uma maneira bem linear, apesar de ter uns plot twist legais, é bem inconsistente e previsível, com vários momentos bem questionáveis e outros completamente sem sentido.

No game, nosso(a) protagonista, Alear, o Dragão Divino, acorda de um sono profundo de 1000 anos completamente sem memórias, no reino de Elyos que está sendo ameaçado pelo Dragão Caído, Sombron, com isso o jogador deve viajar pelo continente em busca dos 12 anéis com os espíritos dos Emblems, heróis dos jogos anteriores, para derrotar Sombron.

Como eu disse, é bem clichê, protagonista com amnésia têm um poder divino e precisa parar o dragão do mal para salvar o mundo, é um conceito fácil e simples de entender, porém o que mata é a péssima execução.

O jogo sofre de um grande problema de ritmo inclusive, é terrível como as coisas simplesmente acontecem por acontecer e é tudo bem apressado, os aliados se aliam a você pela simples conveniência de que você é o Dragão Divino e todos te adoram, o jogo só gira em torno do protagonista.

Fire Emblem Engage

Por sorte, esse é o único ponto “ruim” de Engage, que sinceramente não afeta muito da experiência, a história é meia boca, e o pacing é terrivel, mas ainda sim eu me diverti demais com o jogo por que o gameplay em si é incrível.

Combate primoroso e evolvente, com ótimas novidades

O formato de RPG tático de Fire Emblem é algo já bem consolidado na série, é simples de entender e em Engage está refinado e cativante, trazendo um novo nível de versatilidade e customização ao campo de batalha.

O que faz dessas novidades tão interessantes, é o sistema “Engage” que dá nome ao game, usando os anéis dos Emblems equipados em personagens da sua equipe é possível equipar diferentes armas, herdar habilidades especiais e também se fundir com os heróis para atingir uma forma suprema mais poderosa, habilitando skills ainda mais grandiosas.

Fire Emblem Engage

No jogo, cada personagem ou unidade, tem uma classe já estabelecida, por exemplo: Guerreiro, Herói, Lanceiro, Espadachim, e por aí vai, porém se você quiser modificar e evoluir a classe de certa unidade fazendo que o Lanceiro vire um Griffin Knight por exemplo, é completamente possível.

E logo em seguida essa classe que você modificou e subiu de nível, equipe-a com o anel de um herói que usa Arco e Flecha por Exemplo o Emblema da Lyn, e vc aumenta seu arsenal para aquela unidade, caso ela venha a encontrar um inimigo fraco contra arco e flecha, você pode aproveitar da situação.

Também é possível usar a opção de Skill Inheritance, que permite adquirir skill de outros emblemas mesmo que você não os tenha equipado, esse nível de customização é incrível e funciona muito bem.

Ótimos visuais e melhorias técnicas agradáveis

Os mapas, tanto da história como os paralogues, e até os mapas de DLC estão com um design muito interessante, são bem divertidos e ao mesmo tempo apresentam um grande desafio, em conjunto com a música e a trilha sonora que estão muito boas, não sei se diria que é uma das melhores entre os Fire Emblems, mas certamente não é ruim.

Os aspectos visuais e melhorias técnicas foram muito bem vindos, a UI é fácil e bonita de se compreender, o jogo flui muito bem, movimentar os bonecos pelo mapa é bem gratificante e as animações de combate estão bem legais, principalmente a animação de crítico.

Fire Emblem Engage

Lembrando que Fire Emblem Engage te dá a opção de vários modos de dificuldade, como a Casual, onde as unidades que morrem voltam a vida, e o modo Clássico, onde se morreu já era, eu diria que ambos os modos tem seus desafios, mas fica a sua escolha.

Também é possível voltar no tempo usando uma feature especial do game, caso você tenha feito uma jogada errada ou posicionado uma unidade em um lugar perigoso é possível retroceder suas jogadas.

Cores vibrantes em contraste com os personagens

Apesar da enorme comoção com o design dos personagens principais, Alear até que cresceu bastante em mim, e o motivo do cabelo de duas cores até que faz sentido storywise, eu respeito demais a ilustradora que fez o design de personagens do jogo.

A principal artista do jogo, Mika Pikazo é bem conhecida por ter esse estilo de cores mais vibrante, bem colorido e exagerado e eu acho que isso se encaixou perfeitamente com Fire Emblem Engage, cada personagem é bem único e se destaca bastante no campo de batalha, são fáceis de reconhecer e identificar, e todos bem carismáticos.

Em questão de desenvolvimento dos personagens, o jogo tem uma feature de “suporte” na qual é possível ver interações com o protagonista e entre os personagens é bem legal, e também é possível “casar-se” com seu personagem favorito.

Mas, no entanto, isso não dá uma profundidade a mais para eles e em termos de história, somente os líderes de cada parte de Elyos que tem um maior desenvolvimento no game, como a Ivy, princesa do reino de Elusia por exemplo, mas também não é lá grandes coisas, é bem raso tal qual a história principal do jogo.

Somniel e suas atividades sociais

O Somniel é o hub principal do jogo, um castelo que sobrevoa o reino de Elyos, lá é onde estão boa parte das atividades secundárias do jogo, é possível comprar novas armas e melhorar equipamentos, estocar em itens de cura e entre outros.

Somniel

Também é possível adotar animais que se encontram nos mapas, eles trazem materiais em retorno, a Arena usada para treinar suas unidades e melhorar o bond com os Emblemas, Ring Chamber para fazer o Skill Inheritance, e usar o gacha do jogo.

O local também conta com várias atividades que podem ser realizadas com outros personagens, fortalecer o support e os bonds com aliados, e mini-games de pesca, corrida de Wyvern, customização de roupas e muito mais, é um lugar bem relaxante e divertido de se explorar.

Fire Emblem Engage | Finalização

Fire Emblem Engage traz um novo ar de novidades para a franquia, ainda mantendo sua tradição, mas ao mesmo tempo sua história é muito inconsistente e acaba se perdendo demais.

Nome do jogo:

Fire Emblem Engage

Publisher:

Nintendo

Desenvolvedora:

Intelligent Systems

Plataformas Disponíveis:

Nintendo Switch

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