Fora do Radar | Guerreiros, Montanhas, e corridas extremas

Por Pedro Ladino

Após um breve hiato, estamos de volta com mais um Fora do Radar! Mais uma vez, trouxemos três joguinhos bem interessantes e distintos.

Warriors: Abyss é uma engajante fonte de dopamina

Texto por: Jean Kei

Pegar a fórmula de Warriors e transformar em Roguelite é uma ideia boa e parece óbvia quando se ouve. Warriors: Abyss vai um pouco além na fórmula e deixa o cenário numa perspectiva isométrica e cria um sistema que faz o jogo lembrar uma “versão ativa” de Vampire Survivor, ou seja, um jogo com um loop que vicia fácil.

De Hades, devido ao jeito que a progressão das runs funcionam, em que cada sala tem um encontro com um grupo de inimigos e, ao derrotá-los, você escolhe qual próxima sala baseado no upgrade que ela lhe dará, e algumas podem vir com condições especiais. Parece Vampire Survivor devido aos combos e sinergias que surgem ao juntar os upgrades corretos. Se fazer direitinho, você limpa hordas gigantescas de inimigos e vê um show de luzes e explosões pelo cenário.

O jogo tem 100 personagens, todos com movesets baseados nos jogos anteriores e possui um sistema de sinergia, onde ao longo de uma run você encontra outros personagens para auxiliar com golpes especiais e upgrades. Se a sinergia for boa, você ganha vários bônus. Por exemplo, se você está jogando com alguém da dinastia Shu e coloca personagens relacionados com o clã, os golpes ficam mais fortes, aumentam o alcance. O jogo acaba virando um deleite de fanservice para quem gosta da série e mecanicamente é bem gostoso de montar combos com upgrades.

Talvez o único problema do jogo seja o preço que ele cobra, considerando que tem outros jogos parecidos em seu cerne e custam bem menos.

Esquiando montanha abaixo

Texto por: Leonardo Costa

O que pode ser mais relaxante do que descer uma montanha extremamente íngreme com uma bicicleta enquanto tenta não bater em nada para não se estabanar no chão? Exatamente o que você pensou! Descer uma montanha COM NEVE extremamente íngreme com um ESQUI enquanto tenta não bater em nada para não se estabanar no chão.

Depois do incrível Lonely Mountains: Downhill, a desenvolvedora Megagon Industries trouxe agora a sequência Lonely Mountains: Snow Riders. O jogo que mantém a mesma temática de seu antecessor, que consiste em descer montanhas íngremes tentando alcançar o melhor tempo possível sem bater e cair que nem uma batata no chão, só que dessa vez em uma montanha nevada, usando um esqui e com a possibilidade de jogar online com até 8 pessoas e com crossplay.

A descrição pode soar simples (e é), mas ele é incrível, maravilhoso e divertidíssimo de jogar. É um jogo de tentativa, erro e memorização, onde somos desafiados a ir melhorando nosso tempo a cada tentativa, buscando superar o que fizemos antes. O jogo é desafiante, mas não frustra. Conseguimos sentir a nossa melhora a cada tentativa, e descobrir um atalho no trajeto é uma sensação boa demais.

A medida que completamos desafios vamos ganhando nível e liberando outros esquis que apresentam diferentes características, o que cria variação na jogabilidade, já que usar diferentes esquis tem suas vantagens e desvantagens, obrigando a gente adaptar a nossa jogabilidade em determinados trechos. 

Além disso, a adição do multijogador foi fantástica, sendo possível jogar uma corrida para ver quem consegue completar os percursos mais rápido ou jogar em time e tentar alcançar, de forma cooperativa, uma determinada pontuação. Eu pude testar e o online funcionou muito bem, e ter o crossplay já de cara é bom demais.

Além de todo loop de jogabilidade bem divertido, o jogo está simplesmente lindíssimo. É uma das neves em jogos mais bonitas que vi. O primeiro jogo já era lindo, mas esse aqui com as montanhas cobertas em neve (cenário que gosto muito) para mim se superou na beleza. O jogo de câmera em alguns trechos durante os percursos são sensacionais também, criando perspectivas lindíssimas, desafio e fazendo a gente se senti imerso na montanha.

Sinceramente, eu não poderia recomendar mais Lonely Mountains: Snow Riders. O jogo pega tudo de bom do primeiro, mantendo sua base, faz ajustes conforme a nova temática para criar uma diferenciação e adiciona um online super bem-vindo. É uma sequência fenomenal, que ainda saiu direto no Game Pass, deixando o jogo bem acessível. Se tiver a oportunidade jogue e tente arrastar alguns amigos, já que o online vale a pena. Boa sorte nas suas descidas!

Tokyo Xtreme Racer é nostalgico

Texto por: Arthur Tayt-Sohn

Preciso confessar uma coisa: eu às vezes tenho lembranças muito aleatórias e bem específicas. Uma delas é uma lembrança que eu tenho de um jogo de corrida do Dreamcast. Sempre que eu vejo um jogo de corrida de rua sendo anunciado, eu lembro desse jogo do console da Sega onde você dirige pelas ruas do Japão piscando o farol para outros carros e chamando eles pro racha.

E pra minha surpresa, essa franquia retornou quase 20 anos depois com um novo título na Steam: Tokyo Xtreme Racer. Um jogo de corrida de rua ambientado nas noites do Japão, bem estilo arcade e com todo o charme que a cultura de corridas de rua ilegais japoneses pode oferecer.

Eu não poderia deixar de citar esse jogo aqui, que de certa forma alcançou o status de clássico cult. E mesmo estando em acesso antecipado eu já o considero um dos melhores lançamentos de janeiro.

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