No primeiro Fora do Radar do ano, trouxemos três jogos que jogamos recentemente e gostariamos de falar rapidinho!
TankHead teria chamado muito mais atenção se não fosse a Epic Games. O jogo que foi lançado exclusivamente para a plataforma no dia 11 de Dezembro é um rogue lite de tanks levemente customizáveis.
O jogador controla um pequeno drone que pode coletar peças no cenário e equipar no seu próprio tank para enfrentar vários tipos de inimigos robóticos. Os mapas, gerados dinamicamente, acabam se tornando apenas arenas para exploração básica, cumprir missões e batalhar contra tanks e outros tipos de robos, o que por si só já é suficiente pelo quão bom é batalhar nesse jogo.
Os controles são o que se espera de um jogo de tank, o que pode não ser o mais fácil de lidar para novatos, então sim, um jogo que já é naturalmente dificil vai ser ainda mais no começo para se acostumar com os controles e conseguir se movimentar, mas acredite, vale a pena essa curva de aprendizado.
É uma pena que o jogo tenha sido afundado por ter sido lançado apenas em uma plataforma muito pouco vista para comprar jogos, mas é um grande achado de 2024, mesmo que falte um pouco de conteudo, a sua base é excelente.
texto de Silvio Dias
Conheci Beyond Citadel entrando em um desses rabbit holes de jogos independentes que às vezes eu caio.As referências do jogo, citadas pelos fãs, me deixaram curioso: jogos FPS dos anos 90 como Doom e Marathon, Baroque (um dungeon crawler obscuro dos anos 90 com temáticas religiosas e apocalípticas) e terror eroguro, que mistura erotismo e gore. Tudo feito por alguém que parece ser obcecado por mecânicas de armas de fogo.
O jogo é uma sequência e aparentemente uma evolução completa do seu antecessor. Achei o jogo bastante polido mecanicamente e bem divertido para quem curte jogos clássicos de FPS. Cada arma possui mecânicas únicas e complexas, exigindo por exemplo que você carregue os pentes com projéteis, coloque as balas na agulha e permite até um gunplay. Mas isso é opcional, você também pode configurar o jogo para uma experiência mais arcade.
Beyond Citadel é bastante brutal e suas mortes são bem gráficas e é mais um jogo contribuindo para a safra de jogos inspirados em FPS dos anos 90 que temos recebido, mas trazendo referências e inspirações diferentes.
texto de Arthur Tayt-sohn
Needy Streamer Overload (anteriormente conhecido como Needy Girl Overdose) é um jogo aonde você é P-Chan, o namorado de Ame, uma garota que quer virar uma streamer famosa e ganhar um milhão de seguidores num mês.
No jogo você vai administrar a carreira de Ame (cujo a persona streamer é a KawaiiAngel), ajudar a ter ideias de vídeos, estabelecer os horários e ações dela. Mas tem um porém: Ame é uma garota com sérias questões psicológicas e extremamente carente.
O jogo não esconde nem um pouco seu lado crítico, explorando temas como relações parassociais e toda a questão de como a Ame se valida e o que está buscando como streamer.
O jogo possui múltiplos finais, e alguns bem pesados. É um daqueles jogos que quando terminei passei muito tempo pensando nele e em seus temas.
texto de Jean Badji