Elden Ring Nightreign é um jogo standalone previsto para sair dia 30 de maio de 2025. Joguei o Network Test do jogo e vim compartilhar impressões com base no que joguei e no que foi dito.
Ao ver algumas discussões em relação ao jogo, senti que algumas coisas precisam ser deixadas claras: esse jogo não é uma DLC e de Elden Ring só tem assets e o nome. A história é num mundo paralelo, as mecânicas, apesar de serem Souls funcionam de forma muito diferente, a cadência do combate é diferente. Você ter gostado de Elden Ring não é uma garantia de que vá gostar desse jogo e vice-versa. Também é importante esclarecer que o Network Test é uma versão alfa incompleta do jogo.
Outra questão é que já foi dito que esse jogo NÃO será Games as a Service. A impressão é que é uma experiência focada em multiplayer, mas com começo, meio e fim. Não teremos Battle Pass, eventos de temporada e afins (o que não descarta DLCs).
Nightrein é um jogo focado em multiplayer cooperativo roguelike com leves elementos de Battle Royale. Isso significa que o jogo é dividido por sessões onde você e mais dois jogadores exploram um mapa gigante que vai se fechando por uma tempestade ao longo do tempo. A ideia principal do jogo é explorar, coletar itens, matar chefes para ficar forte e se preparar para o chefe de cada noite, que chega ao círculo ficar fechado em seu limite.
Cada sessão tem um total de 3 dias, sendo o terceiro uma luta direta contra o boss principal: o Senhor da Noite.
No Network Test tivemos acesso a apenas um mapa com duas pequenas variações contra um Senhor da Noite, em entrevistas é dito que serão oito. Cada dia dura cerca de 15 minutos, fazendo uma sessão completa de 3 dias durar de 50 minutos a uma hora. Pode parecer muito, mas é pouco tempo.
Aqui é onde esse jogo mais se diferencia de outros Souls: ele quer que você seja rápido. Os personagens são rápidos, jogando bem você mata tudo rápido e o jogo exige que você otimize seu tempo. Ficar muito tempo parado ou jogando de forma lenta e defensiva pode significar chegar num chefe com pouco nível e equipamentos ruins, uma garantia de morte. O esperado é que todo mundo saia correndo atrás de chefes e itens e male mal pare para ler a descrição das coisas que pega.
Uma mecânica que incentiva essa filosofia é como você levanta personagens caídos, que é batendo neles. Bater no amiguinho caído faz a dinâmica de cair e levantar no combate ser estranhamente mais dinâmica, e sendo feita bem, nem sequer interrompe sua luta contra o chefe, podendo acertá-lo também.
Durante o playtest tive ótimas e péssimas experiências, e a qualidade de jogo estava diretamente ligada com meu time. Quando jogava com pessoas que andavam juntas, sabiam se comunicar com pouco e realizava ações coordenadas, me divertia e chegava longe. Quando jogava com gente numa mentalidade “cada um por si” forte demais, me frustrava e nunca chegávamos longe.
Houve partidas que parecia estar jogando com uma pessoa só, porque a outra insistia em fazer tudo sozinho e andar longe do grupo, com isso, sempre que ele caia não conseguíamos levantá-lo e ele morria.
Morrer nesse jogo tem a consequência de perder um nível, e quando se morre num chefe, a sessão acaba. Quando alguém ta sempre sozinha e morrendo, ela está mais fraca e consegue contribuir bem menos contra os chefes iminentes, que é balanceado para 3 pessoas.
A experiência desse jogo pode ser maravilhosa, mas um jogador problemático pode estragar bastante. E veja bem, não precisa nem necessariamente jogar muito bem, apenas saber cooperar e aproveitar as mecânicas do seu personagem.
Aqui tivemos acesso a 4 personagens: Wylder, Guardian, Duchess e Recluse. Cada personagem tinha características únicas, golpes únicos e uma maneira diferente de se jogar.
Joguei muito de Duchess e no fim de Recluse. A Duchess é uma personagem rápida, com habilidade de repetir dano voltando no tempo e focada em esquiva. Jogar com ela é como jogar uma versão mais ágil de um personagem de Bloodborne.
A Recluse é uma maga com uma mecânica bem interessante. Sua efetividade depende de magia, e cada vez que você usa magia, pode recuperar MP sugando energia dos inimigos. Para sugar energia dos inimigos, é precisa golpeá-los antes, fazendo com que a personagem tenha uma dinâmica de atacar e roubar energia, e quando feito bem, você nunca vai sentir falta de MP. Como a Recluse é uma personagem focada em magia, ela é bem fraca, sendo o personagem mais frustrante de se jogar em partidas com jogadores que não cooperam.
Falei muito do jogo de forma objetiva e pouco do que achei, e isso se da ao pouco que o Network Test oferece.
Foram partidas divertidas, mas com pouco conteúdo e de forma limitada. A ideia dos personagens é legal, jogar com boa sinergia com o grupo é recompensador e fiquei animado com o jogo, mas o quão bom e divertido será ao longo prazo depende muito do equilíbrio e do conteúdo do jogo.