Mini-Crítica: Guilty Gear Strive Nintendo Switch Edition – Quase perfeito

Guilty Gear é uma famosa franquia de jogo de luta, sendo um dos mais populares “anime fighters” que se tem no mercado. Guilty Gear Strive é o lançamento mais atual da série e que trouxe uma nova roupagem para a sua já conhecida jogabilidade e mecânicas.

Strive foi lançado originalmente para PlayStation 4, PlayStation 5 e PC em 2021, mas chegou também para Xbox One e Xbox Series X|S anos depois em 2023. Agora, em 2025, foi finalmente a vez do Nintendo Switch estar recebendo o jogo em seu portfólio.

Com a vantagem da portabilidade, mas em um sistema mais contido, será que o jogo consegue fazer bonito ou acaba ficando limitado pelo que o console entrega? Descubra agora.

*A imagens usadas nessa crítica foram de prints feitos enquanto jogava no modo portátil, o que deixou as imagens em 720p, então elas parecem mais borradas do que realmente são. Fica esse adendo, já que eu informo abaixo que acho o jogo bonito (e ele é, acreditem! Na tela do console e no modo dock fica bom).

 

Recheado de anos de conteúdo

Guilty Gear Strive conta com bastante conteúdo, seja para quem busca jogar com outros jogadores ou apenas ficar se testando contra a máquina. Aqui temos um modo história que continua o que foi visto em Xrd, um modo arcade, modo sobrevivência, modo versus offline, modo online (casual e ranqueada), além de um vasto modo de treinamento, que vai de modo livre e tutorial até um modo criador de combo. O jogo conta também com alguns extras, como galeria, pesca(!!!) ou um glossário (muito legal) contando a história do mundo e dos personagens.

É todo o conteúdo presente desde o lançamento acrescido de 3 anos de conteúdos extras lançados, já que essa versão por base já vem com o conteúdo dos três primeiros passes de temporada do jogo, o que inclui 13 novos personagens jogáveis e alguns cenários que não estavam presentes no lançamento do jogo.

Além disso, em fevereiro, eles vão liberar a Dizzy como DLC gratuito para os donos do jogo no Nintendo Switch. Trata-se da primeira personagem, já lançada nas outras plataformas, do quarto passe de batalha. O que eles vão fazer em relação aos três personagens restantes do passe 4 eu não sei, mas acredito que serão vendidos como passe mesmo, como é nas outras plataformas, por mais que no momento não o passe ainda não esteja disponível na eshop.

Das versões que tive acesso, a versão base do Nintendo Switch com certeza é a mais completa pelo preço (não considerando promoção) vendido. O jogo base contava com 15 personagens jogáveis e nessa versão temos 14 extras já incluídos, é basicamente um elenco novo inteiro. Fizeram um bom trabalho em dar valor a essa versão do jogo.

 

Uma versão impressionante, mas com uma falha

Bem, como dito na introdução, o maior medo dessa versão seria em relação ao seu desempenho. Ainda mais considerando que muitas versões de jogos de luta no Switch não recebem rollback, que se trata de um netcode muito famoso hoje em dia em jogos de luta por entregar muita estabilidade e qualidade em partidas online. Por sorte, o rollback e toda a fluidez característica das outras versões do jogo está presente aqui.

Não sou capaz de confirmar com todas as letras, mas pela fluidez vista acredito que o jogo rode a 60fps, tanto no modo dock quanto no portátil, e isso, na minha visão, sem perder muito graficamente. Tanto na TV ou na tela do console (principalmente do modelo OLED) o jogo é lindo e roda muito bem, essa segunda parte sendo o mais essencial em jogos do estilo.

Durante essa crítica eu testei o jogo de todas as formas e controles (padrões) que o Switch me permite e em todos o jogo funcionou para mim. Óbvio que, por exemplo, jogar com um Joycon só e vendo a tela do console é muito pior que jogar com um Pro Controller na TV, mas se você ainda só tiver como jogar assim vai conseguir jogar tranquilamente. Só confesso que a cada golpe executado era um medo de drift, mas aí, infelizmente, é parte da realidade desses controles e não problema do jogo.

As partidas online funcionaram tranquilamente comigo, apesar deu sentir o jogo um pouco mais pesado do que lembro quando joguei no Xbox ou no PC. Só que pode ter sido algo pontual, porque não senti isso em todas as partidas. Uma coisa que me pareceu mais pesado mesmo foi para conectar a partida em si ou ao lobby, mas depois dentro da partida estava a experiência normal que você encontra com o rollback desse jogo.

Agora, nem tudo é perfeito. O único “defeito” dessa versão para mim é que ela se trata de uma versão isolada. O que quero dizer com isso? Ela só joga entre si, não tem crossplay como todas as outras versões do jogo. Então, além da pessoal que só tem o Switch não conseguir jogar com algum amigo de outra plataforma, o número de jogadores dessa versão é bem menor e mais restrito que o das outras. O resultado é dificuldade em encontrar salas com jogadores, mesmo em servidores como os EUA.

Considerando que o jogo tem um ótimo desempenho, tem o rollback, eu não consigo ter uma ideia do motivo dele não ter o crossplay também. Espero que no futuro as versões possam se alinhar e essa fique jogável com as outras, o que seria maravilhoso por toda a portabilidade presente aqui.

 

Heaven or Hell

Guilty Gear Strive Nintendo Switch Edition é uma versão que me impressionou positivamente. Confesso que não esperava que o jogo fosse rodar tão bem como ele roda aqui e continuar tão bonito. Some isso a todos os anos de conteúdo que ele entrega já de base e temos uma das melhores versões de Strive. Como único ponto negativo, o que impede para mim de ser a melhor versão do jogo, é o fato não ter crossplay, limitando demais a quantidade de jogadores disponíveis para se jogar.

Se você tinha alguma ressalva quanto a essa versão, pode ir sem medo, que ela está incrível. E com o Nintendo Switch 2 chegando esse ano, o que já é bom é capaz de ficar ainda melhor. Então, recomendo fortemente essa versão para quem gosta de Strive, com a única ressalva de que se você quiser jogar com algum amigo ele terá que ter essa versão aqui também.