Eu tenho um relação engraçada com Nioh. A primeira vez que tive contato com game a princípio não havia gostado muito da proposta pois ele possuía abordagens diferentes das que conhecíamos na já consagrada serie Souls.
Nioh começa mostrando que é muito mais rápido, leve, agressivo e que dependia de grinding. O que me fez sofrer um pouco na primeira jogatina, já que nunca parava pra “upar” no jogo. Também não tinha o costume de fazer side quests e nem de ficar “farmando” itens, tanto que terminei o jogo com dificuldade no level 89. Quando eu acabei Nioh eu pensei “nossa eu não gostei desse jogo, ele e muito repetitivo os monstros tem pouca variação e a escala de dano é muito desbalanceada”. Entretanto, eu não sabia que no futuro eu jogaria o game novamente -sabendo da proposta- e curtiria. Porem ao mesmo tempo que gostei, percebi ainda mais problemas.
O sistema de combate de Nioh é basicamente uma junção de hack’ n slash com a estrutura Souls, algo que ficou bom, porem existem -para mim- alguns problemas nessa mistura. O primeiro deles é a recuperação de estâmina, até é possível recupera-la após um ataque ao apertar um botão na hora correta, porem o tempo pra que a mesma encha normalmente é um pouco demorado. Por muitas vezes o jogador pode aplicar um golpe, fazer o processo de recuperação e ainda sim, ter que aguardar um tempo para que comece a encher novamente. Em um jogo que o jogador depende da estâmina para fazer ataque e desvio, esse tempo não deveria existir, deveria ser instantâneo assim como nos Souls da From Software.
Um segundo problema é o enorme delay quando o personagem fica atordoado, permitindo que o inimigo desfira golpes e sua única opção seja defender. Muita das vezes isso acaba com sua estâmina toda levando o personagem a morte, e o jogo te coloca nessas situações diversas vezes pra forçar dificuldade. As vezes que morri não senti que era culpa minha como em outros jogos do estilo, dava pra ver que era algo que faltou um refinamento, graças a essa falha, a sensação que dá é que o jogo foi construído pra ser um hack’n slash mas eles mudaram de ideia no meio do caminho e quiseram misturar a duas coisas. O que acabou dificultando o polimento.
O terceiro problema é a sua “estrutura”. As missões do jogo são separadas por fases onde o jogador tem a liberdade de voltar a desafios já concluídos, algo que acho positivo, apesar de achar que um mundo interconectado é muito mais charmoso do que fases. O problema é que essa estruturá de Nioh se aproveita para repetir chefes diversas vezes em missões principais e secundárias, isso torna o jogo exacerbadamente repetitivo e faz com que muitos jogadores se afastem.
Em geral essas são minhas opiniões sobre os pontos negativos de Nioh. Eu gostaria muito que no segundo jogo esses detalhes fossem revistos e consertados, pois dos jogos que tentaram se inspirar na serie soulsborne ele foi o que mais ousou e apesar das reclamações, eu gosto dele, só gostaria que fosse mais refinado.