O que pode tornar Deathloop um dos melhores jogos do ano

Escrito por Gabba Fernandes
Opinião

Exclusivo para Playstation 5 e PC, e com lançamento marcado para 14 de Setembro, Deathloop é a última aposta da Arkane Studios antes da sua compra pela Microsoft, dado que o estúdio veio junto do bolo da Bethesda. Adiantando o assunto, o fato de ser feito pela Arkane é basicamente o motivo de Deathloop merecer tanta atenção, ainda mais nesse ano, até então meio carente de grandes produções.

Em Deathloop, Colt deve eliminar oito alvos principais em um período de tempo de 24h para quebrar a repetição no qual se encontra, enquanto é caçado por outra assassina, ainda mais letal.

O histórico do estúdio parece estar declarado em cada mecânica mostrada na aventura de Colt para quebrar o seu loop temporal até agora, de forma que, notando os títulos passados, é até seguro prever Deathloop como a obra magna da Arkane dentro do gênero de Immersive Simulators, ou seja, jogos com liberdade em abordagem.

Vindo de DIshonored, temos as habilidades sobrenaturais e a propensão ao stealth. A apresentação dos alvos de Colt se assemelham muito aos de Corvo, até em temática, como se ideias fossem deixadas no forno por mais tempo para amadurecerem e crescerem. A movimentação, idem. Porém, toda a estética Steampunk já toma lugar a algo um pouco mais sessentista, como uma tentativa europeia de um filme do Guy Ritchie. Parece um sucessor espiritual, não?

Passando para Prey, temos as principais inspirações no ambiente mais aberto. Em Deathloop temos uma cidade inteira, a clara evolução a estação espacial de Prey. Ao que tudo indica, o backtracking se torna mais natural dentro da temática de tempo, além de contar com certa aleatoriedade, como a expansão Mooncrash. Novamente, mais uma questão de mecânica evoluída de um jogo anterior.

A cereja no bolo é algo que está em tanta maturação que parece aquelas carnes ultra refinadas que são produzidas de maneira muito específica. Um bife Wagyu ou Jamón espanhol: o multiplayer encaixado de maneira orgânica. Julianna, sua rival, pode ser controlada por um outro usuário online, adicionando mais uma camada de pensamento e jogabilidade na abordagem. Esse conceito é um teste da Arkane de tempos anteriores, e embora não tenha sido extravasada em um jogo completo, vem sendo discutida internamente a muito tempo, como por exemplo, no documentário do canal Noclip (em inglês) abaixo.

A estética mais retrô já por sí só captou minha atenção. Alguns dos meus jogos favoritos da histórica contam com uma direção de arte semelhante, como Team Fortress 2. Mas além disso, cada ingrediente de gameplay parece encaixar completamente na temática, e uma evolução direta de trabalhos anteriores, de qualidade indiscutível e reconhecidos anteriormente. Não tem muito como errar.

Novamente lembrando, Deathloop chega no dia 14 de setembro.