Preview – Arranger: A Role-Puzzling Adventure

Por Jean Kei

Arranger: A Role-Puzzling Adventure é um jogo de puzzle, com aventura e elementos muito leves de RPG (mais na parte narrativa, brincando com conceitos narrativos clássicos). O jogo é o título de estreia do estúdio Furniture & Mattress LLC e durante a gamescom latam tivemos a oportunidade de testá-lo.

O jogo está sendo feito por figuras conhecidas no meio de jogos independentes, sendo um de seus pontos de marketing o fato dele ser feito pelo artista de Braid, o designer de Ethereal e escritor de Carto.

E qual é desse jogo?

Aqui acompanhamos Jemma, uma garota que foi abandonada numa pequena aldeia e tem problemas em se ajustar. O mundo de Arranger é composto por diversas esteiras interconectadas, e sempre que Jemma se move, a esteira se move junto levando tudo ao redor. Essa mecânica do jogo existe tanto de forma metafórica (a garota que deixa tudo um caos, desorganizada, que não se encaixa) quanto literal, já que é a forma com que o jogador interage com o mundo diretamente.

É um jogo muito mais simples do que consigo explicar, mas imagine que o mundo do jogo é como aquele quebra cabeça de blocos deslizantes, e de fato todo o cenário é muito grande e possui um mundo interconectado.

Isso significa que muitos puzzles envolvem você levar um item de um lugar para outro. As vezes você precisará carregar um item de uma casa para outro ambiente, e isso será feito com você andando e movendo o item diretamente até lá.

Pelo menos na demo, tudo do jogo envolvia apenas o botão de interação para falar com personagens e movimentos básicos em quatro direções.

E claro, é aquele tipo de jogo que muito da duração vai depender do quão rápido você entende o que fazer. Confesso que durante o tempo de jogo, demorei uma hora pra terminar a demo por ir além em alguns pensamentos e complicar soluções simples e não perceber detalhes.

É aquele jogo que pra muita gente vai “fritar o cérebro” por ter diversas soluções que vão além da caixinha.

Inclusive, isso se estende ao combate do jogo (sim, ele tem uma espécie de combate). Caso você encontre uma espada, bota ela pra encostar no inimigo que você o derrota. Geralmente os inimigos são imóveis e o desafio fica em “levar” a espada até o monstro.

Para além disso, temos chefes

O que mais me surpreendeu é o jogo usar essas mecânicas para apresentar um chefe no fim da demo. Chefe este que funcionava quase como um “jogo da cobrinha reverso”. Cada passo que você dava, ele se movia junto e aumentava de tamanho, e seu objetivo era faze-lo se bater. Se cada chefe tiver variações mecânicas criativas assim, vai ser um jogo bem promissor.

Dito isso, o jogo apresenta um foco narrativo também

Arranger é um jogo que brinca com narrativa de RPGs de videogame antigos. Jemma é uma garota numa pequena vila que pretende ir embora para uma jornada, mas logo acaba descobrindo algo grandioso envolvendo o mundo e possivelmente a si mesma.

O jogo se vende como uma jornada de autodescoberta e tem metáforas muito claras, que podem ir a lugares interessantes. Além de vários diálogos, temos algumas ceninhas que envolvem uma arte com quadrinhos.

No fim, sai bem animado com o jogo

Arranger é um jogo que a primeira olhada não tinha despertado tanto interesse, mas ao ver como as mecânicas funcionam e o quão bem as mecânicas conversam com o enredo, me animei.

Inclusive, o lançamento do jogo ta bem próximo, sendo marcado para 25 de julho.