Jogos pós-apocalípticos não são exatamente uma novidade na indústria. Diversos gêneros exploram a temática, em uma tentativa de imaginar como seria nosso futuro se tudo desse errado. Desenvolvido por uma equipe que conta com desenvolvedores de This War of Mine, Dying Light, Frostpunk e outros, Floodland une a experiência de cada um deles.

Ambientado em um mundo que sofreu com mudanças climáticas severas, onde a maior parte do planeta ficou completamente inundada, Floodland te desafia a reerguer a civilização, provendo o básico para a sobrevivência e tentando conviver com os diversos clãs com ideologias distintas.

Fomos convidados a fazer um preview desse jogo de gerenciamento, que está previsto para chegar no dia 15 de novembro. Confira minhas impressões.

Nesse preview, pude escolher entre 4 clãs distintos: Good Neighboors, Oakhill Survivors, Fire Brigade e Berkut-3. Cada um deles possui um background que explica brevemente sua origem. Além disso, possuem uma ideologia que define sua forma de ver o mundo. Essa ideologia afeta a forma com que eles se relacionam com outros clãs e também a forma que eles reagem à sua administração.

O clã Berkut-3, que foi o que eu escolhi, possui a ideologia “New World Autocracy”, que defende valores como ciência e pensamento crítico, mas que também valoriza ordem e segurança. Além disso, os clãs possuem “traits”, que oferecem alguma vantagem. No caso do Berkut-3, os exploradores procuram e coletam recursos 50% mais rápido.

Dessa forma, a escolha do seu clã vai definir a estratégia que você irá executar para construir sua colônia. Os Oakhill Survivors, por exemplo, consomem 33% menos comida. O que permite que você se preocupe menos com produção de alimentos e possa se dedicar à outras atividades.

Na tela seguinte você irá definir o nível de dificuldade do jogo. Floodland permite escolher individualmente a dificuldade de várias mecânicas, não se limitando à uma dificuldade geral. Isso é interessante para que cada um personalize o grau de dificuldade do jogo de forma bastante individual.

Após isso, começamos o jogo onde seremos apresentados ao mundo, que é formado por pequenas ilhas. Iremos aprender o básico sobre coletar recursos, procurar por mais sobreviventes e desenvolver construções que garantam a produção de comida, água e desenvolvimento científico de forma sustentável.

O desenvolvimento científico ocorre construindo uma academia, onde podemos delegar algumas pessoas para estudar artefatos do “mundo antigo” e manuais de instruções, livros, etc. Com isso, podemos escolher novas tecnologia e construções em uma árvore semelhante à de Civilization e também novas habilidades para o clã.

Tudo isso se desenrola em tempo real, não por turnos. Mas é possível pausar o jogo para pensar nos próximos movimentos que iremos realizar, o que facilita bastante. Também é possível acelerar o tempo para que você não precise esperar até o dia seguinte, quando os seus colonos forem dormir.

Durante o preview, também fui apresentado à mecânica de tomada de decisões. Elas apareceram aleatoriamente e podem ser tanto um pedido, que deve ser executado em um tempo determinado, quanto uma ação instantânea.

Realizar ou não essas ações podem afetar a forma com que seus colonos ficam satisfeitos. No meu caso, eu precisei decidir se um pássaro raro que encontramos seria cuidado e liberto, viraria um animal de estimação ou comida. Decidi por libertá-lo e isso teve um efeito positivo na forma que os colonos me viam.

Por outro lado, em outro momento foi pedido que eu construísse mais abrigos e como eu tinha gasto uma quantidade alta de recursos, não consegui cumprir a tempo e isso gerou insatisfação na colônia.

O preview durou cerca de 1 hora e ensinou o básico das mecânicas. Iniciar o desenvolvimento do acampamento, coletar recursos, criar construções básicas e fui até o momento que consegui reativar uma torre de rádio, encontrar outro clã e enviar uma comitiva para fazer contato.

Senti que o jogo aplica diversas mecânicas já vistas nos jogos desenvolvidos pela equipe da Vile Monarch, como tomar difíceis decisões em This War of Mine e Frostpunk, sociedades pós-apocalípticas de Dying Light, etc.

O jogo ainda promete um sistema de leis, que irão definir as regras de sua colônia e que podem afetar seu relacionamento com outros clãs, que você deverá tentar unir e reconstruir a civilização. Os desenvolvedores também prometem um sistema de consequências para cada escolha que você fizer.

Floodland é um jogo que possui mecânicas simples de aprender e que, pelo histórico dos jogos dos desenvolvedores, irá abordar temas de relevância social. O jogo incentiva a cooperação para que você não apenas sobreviva, mas reerga a sociedade.

Mas naturalmente caberá a você decidir a melhor forma de sobreviver nesse mundo. E como você se sairá a frente do seu clã nós iremos descobrir em novembro. Até lá, vamos torcer para que não alcancemos o nosso “ponto sem retorno”.

Nome do jogo:

Floodland

Publisher:

Ravenscourt

Desenvolvedora:

Vile Monarch

Plataformas Disponívies:

PC

Esta crítica foi escrita usando uma key enviada para o Game Lodge