Esta crítica foi escrita usando uma key enviada para o Game Lodge
Antes de mais nada, vale ressaltar que este é não é uma análise completa. considerando o tamanho médio da história principal dos jogos anteriores, acredito que tenha jogado um pouco mais que 1/3 do jogo. Portanto, este texto representa as impressões que tive durante o primeiro terço do jogo.
Na minha análise de Disgaea 6, cito que o jogo ficou mais acessível de adentrar nos aspectos “overpower” do jogo. O jogo tem um foco muito maior em números gigantescos, você começa já com um nível na dezena de milhar e ele tinha um sistema robusto de programar auto-battle, fazendo o jogo poder até se assemelhar a um idle game caso você desejasse. Na época tratei esses elementos como positivos, mas uma boa parte do público da franquia detestou. O jogo era muito mais fácil, mas a abordagem era diferente e me deu um bom ar novo. Dito isto, não fico triste com Disgaea 7 por não seguir o mesmo direcionamento, pois repetir a formula seria cansativo demais.
Então, antes de mais nada, Disgaea 7 mesmo bebendo de elementos de seu antecessor, ele está mais próximo as raízes da série. O jogo não está difícil nesse começo, mas sinto que caso jogue sem atenção sou punido e sou recompensado pela criatividade na medida certa.
Disgaea 7 é o sétimo jogo da série de RPG tático, conhecida principalmente por dois elementos: suas opções profundas de customização e possibilidades de chegar a lugares absurdos e também sua história focada em “comédia pastelão”
O sétimo jogo se passa numa terra baseada no Japão feudal: Hinomoto, uma terra que já não respeita mais o Bushido. Num passado distante, Hinomoto era conhecida por sua honra de samurai, que seguia todo o código Bushido, mas desde que um demônio se apossou do poder, toda honra foi embora e agora, como todo resto de Netherworld, é um lugar onde o demônio trambiqueiro se da bem.
Neste cenário acompanhamos Pirilika, uma otaku CEO de uma empresa que viaja para Hinomoto na esperança de encontrar sua terra dos sonhos, mas se deparando com uma terra muito diferente da que via nos filmes e quadrinhos. Depois do choque de realidade, Pirilika encontra nosso outro protagonista: Fuji.
Fuji é um guerreiro sem honra, com literal alergia a empatia, malandro e insensível, mas ao descobrir que Pirilika é rica, decide se tornar seu guarda costas para lhe extorquir dinheiro.
Assim, ambos se juntam para salvar Hinomoto e fazê-la voltar a ser uma terra que segue o Bushido.
Sinto que tem o jogo faz um comentário sobre as problemáticas que o Japão passou depois que se abriu, mas não sei para onde o texto vai e duvido que vá se aprofundar.
Nesse começo, estou achando a narrativa do jogo divertida. O humor galhofa está bem num ponto que me agrada e os personagens estão tendo boas interações
Sem o sistema focado em números grandes e com a opção de programar auto-battle muito mais limitada, quebrar o jogo não é mais tão fácil, mas ainda é viável.
Você pode investir muito num personagem, explorar o Item World, mapas procedurais que quanto mais avançam mais seu item melhora para ficar mais forte, reencarna-lo para mudar e acrescentar status diferentes… E dentro do básico você ainda tem muitas possibilidades de combos, carregar e jogar personagens e usar isso ao seu favor para alcançar muitas distâncias, ganhar vantagens de posicionamento…
Enfim, como sempre, Disgaea é um jogo de estratégia bem maleável. Se você quiser, pode se focar muito num personagem e faze-lo ser um tanque de guerra que destrói tudo, mas também pode criar um time balanceado.
Ainda não tive a oportunidade de explorar a fundo o jogo, mas o que foi me apresentado nesse começo está positivo.
Disgaea 7: Vow of the virtueless
NIS America
Nippon Ichi Software
Playstation 4, Playstation 5, Nintendo Switch