The Wizards Dark Times Brotherhood VR – A sensação de ser o mago supremo

Escrito por Colaborador
Crítica

The Wizards – Dark Times Brotherhood, desenvolvido pela Carbon Studios trata-se de um FPS de magia, bem fantasioso e com uma mecânica extremamente gostosa e polida (em sua maioria) e gráficos mais cartunescos – do tipo que não envelhece nunca – sendo algo bem peculiar, com cores vibrantes e bonitas, onde você lembra logo que pensa nele.

É um jogo daqueles que todo mundo esperava existir num possível futuro da tecnologia, trazendo a imersão de ser um mago e conseguir usar poderes mágicos de forma livre e imersiva. Hoje os dispositivos VR conseguem trazer algo próximo do que sonhávamos, mas será que a aplicação é tão boa como nossa imaginação pensava que seria? Vamos embarcar nessa análise para tentar chegar em uma resposta.

O reino de Meliora está em perigo e precisamos fazer alguma coisa.

O enredo é do tipo que não te prende, com o jogo se apresentando de uma forma bem retilínea, o que não é um problema pra mim, desde que ele continue inovando nas suas áreas. Infelizmente, não foi bem isso que aconteceu, cada área nova até tinha novidades, mas o ritmo e a forma como tudo acontecia era sempre a mesma.

Chegamos em uma área nova, aparecem vários inimigos, alguns com os elementos da área atual e outros normais, sempre os mesmos adversários, com as únicas diferenças sendo a natureza elemental desses inimigos. Nem os ataques mudam (os modelos são iguais, mudando cor/elemento). Uma coisa legal é que os inimigos elementais não sofrem dano do seu próprio elemento, tipo, os inimigos de fogo não sofrem dano de magias de fogo.

Termina a luta, andamos por um tempo, tudo se repete até chegarmos na runa para adquirir a nova magia da área. Com a única “exceção” são os chefes e mini-chefes, que mesmo com as habilidades quase idênticas, também mudando só o elemento, tem um pouco de variação no design visual, não sendo o mesmo asset de outra cor (tem uns novos mais perto do final do jogo, mas eu já achei meio tarde pra inovar com uns dois inimigos novos).

A trama do jogo é meio confusa, com muitas coisas aleatórias sendo jogadas em tela conforme a gente avança, deixando no final uma sensação de entendimento incompleto da parte do jogador.

A área central também é confusa demais, cheio de coisas que até hoje não descobri exatamente o que são, pois o jogo não explica quando você chega lá pela primeira vez.

Não me entendam mal, o jogo é bom, mas ele podia ter umas doses a mais de explicação em todos os aspectos fora a mecânica principal. Eu sempre me pegava muito animado toda vez que tinha uma nova magia, um novo poder, sempre achando eles extremamente criativo.

Inúmeras magias para usar em variadas ocasiões.

Totalizando onze magias de diferentes elementos, o jogo me agradou bastante na forma de usá-las, tendo um gesto diferente pra cada uma, e às vezes, uma magia precisa de outra pra poder ser usada. Por exemplo, em dado momento você ganha uma melhoria para a magia, então você precisa usar uma magia base e a partir dela, usar a versão melhorada.

Em alguns momentos o jogo tem ambientação de diferentes elementos, como um mapa onde está constantemente chovendo, então o fogo não funciona nesse mapa, mas a sua habilidade evoluída sim, já que ela caminha por baixo do chão. É uma ideia excelente, que na minha opinião podia ter sido explorada mais vezes, mesmo que o jogo não seja tão longo.

Claro que nem tudo é perfeito, em vários momentos o jogo, de forma bem aleatória, não pegava bem os gestos da magia e, infelizmente, isso aconteceu durante toda jogatina (mas ainda assim não estragou minha imersão, e pode ser que isso tenha acontecido só comigo).

Tive alguns outros problemas, como: ficar preso na parede; nas partes de escalar, o jogo não reconhecer o comando de escalada. Novamente não foi nada que estragasse minha imersão ou a experiência de forma geral, podendo até ser tratado como efeitos colaterais das magias.

Sobre motion sickness

Motion sickness não é algo que costumo ter em VR, mas em uma parte que estamos escalando as costas de um gigante num pântano senti um pouco de incomodo nos olhos, pelo movimento que a câmera fazia. Nesse mesmo momento, me atentei a uma coisa que está presente no jogo todo, que são as legendas borradas toda vez que a gente movimenta a cabeça, não sei se é algo do jogo ou algo da Steam, mas também dói o olho.

Considerações finais

The Wizards – Dark Times Brotherhood se trata de um bom jogo, sendo bem arcade, mas repetitivo demais. As magias são intencionalmente fortes, mas a única coisa que obriga a gente a não usar só uma magia o tempo todo é o fato dos inimigos terem resistência aos elementos.

É um jogo recomendado aos fãs de VR e de mundo medieval para passar o tempo. Já que o jogo não é muito longo, então você não vê o tempo passar. Eu recomendaria pegar ele numa possível promoção, visto que no momento da escrita desta análise ele está com alguns problemas técnicos, como as mãos aparecem na posição errada, entre outros.

Ademais, o jogo é muito divertido, vale a pena jogá-lo, mesmo com seus problemas. Não vá com muitas expectativas, pois infelizmente ainda não temos o jogo de magia que nossa imaginação sempre sonhou, mas estamos mais perto do que estávamos em nossa infância. Com um combate é excelente, eu me vi constantemente imerso, com os braços cansados de tanto lançar magia. A premissa é excelente e a execução boa (em sua grande maioria).

Nome do jogo:

The Wizards - Dark Times Brotherhood

Publisher:

Vertigo Games

Desenvolvedora:

Carbon Studio

Plataformas Disponívies:

PC

Nota: 7.5

Esta crítica foi escrita usando uma key enviada para o Game Lodge