Wind Peaks: Impressões do Onde Está o Wally Nacional

Baseado nas mecânicas de busca por objetos tão famosas em livros infanto-juvenis, Wind Peaks pode não ser exatamente o que você está procurando no momento, mas possivelmente é o que você precisa.

Contando a história de escoteiros que junto do seu tutor buscam um tesouro através das montanhas, o jogador é levado a procurar uma lista de itens escondidos nos arredores, revirando e remexendo o ambiente. A interatividade além livro vem do poder de clicar em objetos revelando segredos, permitindo alguns puzzles que vão sendo apresentados aos poucos dentro dos 10 capítulos. As fases contam com pequenos puzzles que rendem conquistas na Steam, e servem como uma bacana diferenciação de Wind Peaks ao gênero, aproximando-o aos adventures point and click, mesmo que de leve.

A arte do jogo é linda, desenhada a mão, num estilo que poderia muito bem ser de uma animação do Cartoon Network. Os blocos de história entre uma tela e outra são uma adição muito bacana, e me deixaram legitimamente curioso pelo final. A trilha de áudio é bucólica mas me remeteu muito o interior do país, com os passarinhos cantando. De forma simples, tudo é singelo, mas notavelmente feito com muito carinho. Wind Peaks é um jogo curto, que só depende da sua atenção para terminar, mas que consegue prender justamente por fazer bem o que propõe.

Além da versão da Steam, disponível desde 2020, agora a versão de Switch permite que o jogo seja aproveitado como deveria: suporte a tela de toque, e podendo jogar em modo portátil, se tornando uma gratíssima surpresa para um momento de relaxamento após fechar o computador do trabalho ou antes de dormir, dado o momento em que vivemos. Em épocas em que tudo é pesado, fico feliz de ter passado as horinhas que passei até terminar o jogo, e definitivamente aguardo uma próxima obra do Actoon Studio, nem que seja para parar um pouco do corrido dia e apreciar o momento.