Durante a pandemia, todo millenial acabou ou iniciando um podcast sobre cultura pop, ou entrando em um grupo de RPG de mesa. Seja com tabletop simulator, seja com Roll20, ou até mesmo com bloco de texto e Discord. Dungeons and Dragons, Vampire The Masquerade, Cyberpunk 2020 e tantos outros, voltaram para a boca do povo e dessa vez Baldur’s Gate 3.
Ao menos por 2 semanas, até ninguém conseguir marcar um horário de fato, por mais que todos os integrantes estejam em casa.
Para as viúvas das sessoes presenciais e para quem desistiu de chamar o pessoal pelo Whatsapp, nao poderia vir em melhor hora a onda de jogos que buscam simular a experiencia. Cyberpunk vem ai, Vampire 2 também, com Disco Elyseum e Divinity Original Sin 2 dando um frescor no genero, e Baldur’s Gate 3 está no meio disso, ainda mais próximo de um RPG de mesa que qualquer um.
Essa proximidade vem do fato de Baldur’s Gate 3 estar em Early Access, o que dá uma meta-camada de realidade ao jogo. O conteúdo de história está sendo construído e adicionado de forma gradual, com apenas as fases introdutórias. Algo que daria basicamente umas 3 sessoes num grupo médio.
Na conversão dos sistemas da mesa para a tela de um computador, ele automatiza na quantidade certa. Utiliza perfeitamente do sistema de rolagens passivas, para não deixar o jogo muito lento, e substitui o que seriam Quick Time Events e Minigames enche-linguiça para as rolagens. Dessa forma, ele dá um grau de aleatoriedade interessante e ainda sim, inventivo. É até impressionante o quanto ele consegue alterar o ritmo, enquanto ainda possui características-chave de D&D, aprendendo com as falhas dos incontáveis lançamentos baseados no sistema.
Para o recém-chegado na brincadeira, Baldur’s Gate 3 se apóia no cenário de Forgotten Realms, uma das literaturas de D&D mais formentadas, com diversos livros e campanhas. O início, porém, é bem rápido, dando curiosidade para quem não é aprofundado na Lore, ao mesmo tempo que serve de fanservice para quem já tem experiencia nesse mundo.
Chovendo no molhado, as atualizações são constantes e grandes, bugs gráfico, um crash aqui, outro alí, e os auto-saves escassos te firmam que sim, ainda é um produto incompleto e com herança de uma série de outras eras. Entretanto, a quantidade e qualidade do conteúdo, somado ao carinho e atenção com que são tratados os temas do jogo, indicam que mesmo com caminho longo, Baldur’s Gate 3 é uma aventura que vale trilhar desde já. Talvez até aproveitando como as sessões paradas da sua aventura, a cada 2 meses.
Baldur’s Gate 3 está em Early Access na Steam.Está preview foi feita em base de uma cópia cedida pela Larian Studios.
Confira mais posts como esse clicando aqui